O que tanto eu procuro?
Talvez ser a pessoa que sonhava quando tinha cinco anos, mas até então, eu sonhava em poder brincar minha vida inteira.
Ou então quem sabe me tornar a maior arquiteta de todos os tempos? Acho que não, porque eu não gosto muito de desenhar... isso é um pouco importante para um arquiteto.
E daí eu poderia ter as opções de ser professora de inglês, farmacêutica, engenheira, química e até mesmo fotógrafa ou cantora.
Tudo isso é parte do que você faz, mas não do que você é.
Então o que eu quero ser?
Grande? Sincera? Amiga? Especial? Intelectual? Inteligente?
Isso não é "de ser"... não se é uma qualidade só, um adjetivo só...
O que eu quero fazer?
Ah... acho que essa eu sei! Ou... posso arriscar um palpite. Quero algo novo para aprender todo dia. É tão bom chegar em casa e dizer todas as suas atividades acrescentadas de aprendi a fazer tal coisa.
Quero amanhã ser maior que hoje... mas isso é "de ser" ou "de ter"?
Ou "de acumular"?
Bem, não posso negar que gosto de acumular coisas. Embalagens, canetas, até mesmo peso, infelizmente.
Para ser A ou B, você precisa desistir de ser todo o resto do alfabeto? E se eu quiser ser uma redação cheia de letras, vírgulas, dois pontos, pontos de exclamações, de interrogações, de cedilhas, de acentos agudos e circunflexos e hífens? Eu não posso?
Como eu vou crescer?
Antes eu tentava descobrir um objetivo. O que você vai ser quando crescer?
Agora eu tento descobrir uma maneira? É isso? É essa a diferença?
Alguém aí me diz que tem alguma, por qualquer que seja, senão isso vai querer dizer que eu empaquei esses anos todos, ou pelo menos os últimos anos da minha vida.
Como eu chego lá?
Eu quero ser sábia, prudente, paciente, velha?
Qual é o caminho?
Fingir ser alguém que não sou, ter formas curvilíneas e delgadas para então conquistar alguém e me casar? Ou arriscar ser eu mesma e viver sozinha? Não ter filhos, não ter mais família e mais ninguém para jogar a culpa quando a situação apertar? Porque acredite, ela vai.
Qual é o medo?
O medo é vermelho? É medo de nadar? É a pedra no meio do caminho? É a encruzilhada onde você escolhe se continua pela mesma rua ou vira noventa graus?
Qual é o medo? Quem é o medo? De quê é o medo?
Se essa forma é um caminho, qual deles devo seguir?
O mais prudente, o mais fácil ou o mais desafiador?
E por que eu estou pendendo para o mais desafiador? É vontade de sofrer ou uma vontade cega de abandonar as responsabilidades que eu tenho a cumprir?
Talvez essas sejam perguntas que só a vida vai responder...
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