segunda-feira, 28 de julho de 2008

Os primeiros mananciais de uma criança de oito anos...

O que valemos se realmente não amamos, se não somos amados?
Do que vale nossa vida se não temos uma pessoa querida sempre ao nosso lado?
Se seguirmos o trilho errado? O trilho do mal, o trilho da destruição, o trilho da inveja?
Se não temos família, não temos a quem amar, não temos a quem mimar?
De que vale viver? De que vale acordar? Ter apenas vivido frações de segundos? De viver com a certeza da morte? De saber que nada é para sempre?
De que vale amar alguém agora para odiar depois? Ter odiado antes e destruir agora?
De que vale a intenção do bem se para alguns é realmente o mal que interessa?
De que valemos? Qual o valor da vida? Qual o valor de um momento?
Se vivemos com a incerteza, se a única certeza é a morte, se a única defesa é a violência, se não sabemos como será o dia de amanhã, se não temos o que queremos, se matamos pelo que queremos, se morremos pelo que os outros querem, se não temos uma razão para viver, de que valemos?
Somos simplesmente humanos, simples mortais que matamos e morremos por nenhum ideal, por nenhuma causa justa, por nenhuma causa, por mais tola que seja.
Se nesse mundo de hoje o casamento não é para sempre. Se os que moram em um país não têm amor pela própria pátria, e muito menos amor pelo que fazem. Se existe guerra para obter a paz. Se a paz não pode ou está longe de ser conseguida. Se poluímos não só com lixos, mas visualmente os rios e suas margens. Se o que existe é apenas a destruição, ódio e inveja, de que valemos então?
Para que existem poetas e contadores de histórias? Por que vivemos e existimos? Porque existem pessoas que sofrem pelo pecado de outras?
Temos a certeza de que ainda estamos no meio de um túnel. Túnel esse do qual não temos conhecimento de seu fim. Se será na queda de um abismo ou até mesmo se existe uma saída. Daqui não podemos ver o rio azul, de água cristalina e transparente correndo de encontro ao mar. Daqui não podemos ver nem o rio poluído que de certa forma construímos por assim dizer. Hoje em dia peixes morrem, e a energia é nuclear.
A natureza sofre por nossos erros, enganos e maldades e pede a nós com sua beleza infindável que paremos com isso, mas não obedecemos. Continuamos com desmatamentos, prosseguimos a destruir o que é de direito nosso, a herança que recebemos de um Deus, para aqueles que acreditam, a única prova viva e concreta de que alguém nos ama, de que o castigo de Adão e Eva é mais doloroso para Ele do que para nós. Como todo bom pai, Ele quer que os filhos aprendam a viver, mas ainda permeamos no castigo porque queremos mudar a lei natural da vida. Queremos viver para matar e nos negamos a morrer porque queremos ter e não sabemos ao certo se realmente merecemos o tão querido presente.
Queremos ser soberanos sem saber mandar, para sermos mais importantes. Para "darmos" em revistas que apenas vivem para especular a vida dos outros e que por muitas vezes inventam. Mentiras, puras mentiras, apenas mentiras. Montam fotos, fazem poses, caras e bocas para ganhar o quê? Fama? Dinheiro?
Por que um jogador de futebol ganha mais do que um professor, se um professor tem um trabalho mais nobre?
Por quê?
Por que vivemos?
Por que existimos?
E por que tenho a certeza de que nunca terei resposta para tudo isso?
Não temos respostas, muito menos meios de como responder a todas essas indagações, mas temos como viver e aprender. Não apenas com os mais velhos, mas também com os mais jovens que ensinam para o resto do povo sobre a riqueza inerente a vida, que não é somente dinheiro e muito menos poder. Eles ensinam que o mais importante é a alegria que encontramos no amor, naquele amor, no real e verdadeiro amor.

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