quarta-feira, 30 de julho de 2008
E quando o melhor para você não é o melhor para os outros?
terça-feira, 29 de julho de 2008
A procura de respostas...
A menina que queria voar
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Os primeiros mananciais de uma criança de oito anos...
Acerca da Oficina de Pensamentos
Depois de ler todos esses textos resolvi pensar que talvez o melhor título fosse "Em busca da felicidade", mas esse já é título daquele filme com o Will Smith.
Coloquei o link para ficar mais prático de se ler posteriormente.
Concomitantemente com "O Caderno", sendo que "O Caderno" é realmente um caderno com capa dura e 96 folhas...
domingo, 27 de julho de 2008
O post que não tinha muito a ver com os outros posts, mas que mesmo assim foi publicado!
Random thoughts
quinta-feira, 24 de julho de 2008
O post que não tinha título...
No aniversário de Mercúrio...
De acordo com um trecho do Astrodienst:
Na realidade, você prefere idéias que conheceu e entendeu há muito tempo porque elas se tornaram familiares. Certamente você pode aprender coisas novas, mas não é fácil se elas parecem ameaçadoras ou desafiadoras.
Quando você está emocionalmente mal, seu ponto de vista em relação ao mundo muda. Nessas horas, não leve essa visão muito a sério, porque ela mudará de novo quando você se acalmar."
segunda-feira, 21 de julho de 2008
To be safe we lose our chance of ever knowing...

You can't step in the same river twice
The water's always changing, always flowing
But people, I guess, can't live like that
We all must pay a price
To be safe, we lose our chance of ever knowing
What's around the riverbend
Waiting just around the riverbend...
I look once more
Just around the riverbend
Beyond the shore
Where the gulls fly free
Don't know what for
What I dream the day might send
Just around the riverbend
For me...
Coming for me...
I feel it there beyond those trees
Or right behind these waterfalls
Can I ignore that sound of distant drumming
For a handsome sturdy husband
Who builds handsome sturdy walls
And never dreams that something might be coming?
Just around the riverbend
Just around the riverbend...
I look once more
Just around the riverbend
Beyond the shore
Somewhere past the sea
Don't know what for...
Why do all my dreams extend
Just around the riverbend?
Just around the riverbend...
Should I choose the smoothest course?
Steady as the beating drum?
Should I marry Kocoum?
Is all my dreaming at an end?
Or do you still wait for me, Dream Giver...
Just around the riverbend?
(Just around the Riverbend - Pocahontas' soundtrack)
segunda-feira, 14 de julho de 2008
And so they say...
"Don't feel guilty if don't know at 22 what you want to do with your life, the most interesting 40-year-olds I know, still don't"
"And so we talked all night about the rest of our lives, where we're gonna be when we turn 25...
I keep thinking times will never change, keep on thinking things will always be the same, but when we leave this year we won't be coming back... no more hanging out cause we're on a different track, and if you got something that you need to say, you better say it right now cause you don't have another day.
'Cause we're moving on and we can't slow down, these memories are playing like a film without sound, and I keep thinking of the night in June, I didn't know much of love, but it came too soon, and there was me and you, and then it got real blue...
Stay at home talkin' on the telephone and we would get so excited, we'd get so scared, laughing at our selves thinking life's not fair... and this is how it feels:
As we go on, we remember all the times we had together, and as our lives change from whatever, we will still be friends forever...
So if we get the big jobs and we make the big money, when we look back now, will that joke still be funny? Will we still remember everything we learned in school? Still be trying to break every single rule...
Will little brainy Bobby be the stockbroker man? Can Heather find a job that won't interfere with her tan?
I keep, I keep thinking that it's not goodbye, keep on thinking it's a time to fly... and this is how it feels...
As we go on, we remember all the times we had together, and as our lives change from whatever, we will still be friends forever...
Will we think about tomorrow like we think about now? Can we survive it out there? Can we make it somehow? I guess I thought that this would never end and suddenly it's like we're women and men...
Will the past be a shadow that will follow us 'round? Will these memories fade when I leave this town? I keep, I keep thinking that it's not goodbye, keep on thinking it's a time to fly"
(Graduation Day - Vitamin C)
Será que é mesmo como se diz por aí? "Every new beginning comes from some other beginning's end"?
As we go on... we remember....
domingo, 13 de julho de 2008
ANTM - Cycle 1 - O começo...



Lembrei...
I'm like a bird, I'll only fly away... I don't know where my soul is, I don't know where my home is...
O passatempo
Flutuando no mar...
sábado, 12 de julho de 2008
O leão mais prolixo de quase toda história



A verdade, bem da verdade é que o leonino se faz de forte. Ele sofre sozinho. Ele chora no escuro. Ele tem conflitos internos que nunca ninguém vai saber. Nem o conselheiro fiel dele.
O Leão tem síndrome de rei. Ele tem que se mostrar bem. Ninguém desconfia do quanto dói para ele a imagem de durão, porque o carinho que ele precisa, geralmente não é dado. Ele abre mão desse carinho para passar uma imagem austera, para manter o otimismo de que realmente tudo vai melhorar.
E daí existem leoninos e leoninos. Existem os arrogantes, que se mostram melhores que todo mundo por não terem auto-estima e os outros que aparentam aquela auto-confiança. É tudo balela. Conhecimento de causa, minha gente. O leonino se sente responsável pelo que fez e que não fez. Se um meteoro cair do outro lado do mundo, é capaz que ele se sinta culpado, por pensar que talvez, se ele agisse diferente, nada daquilo estivesse acontecendo. Eu conheço uma variedade grande de leoninos: o arrogante, o estrela, o abnegado e até mesmo aqueles que são críticos e ficam na deles. Qual tipo sou eu? Depende do dia, creio que sou todos eles. O leão é fixo, mas eu sou volátil. Por se sentir tão responsável, puxar culpas para si e essas coisas todas, e outros motivos mais, o leonino deve ser entre os caras, o com a mais baixa auto-estima. Pense o que quiser. Aqui não é blog de marketing pessoal, mas é de sinceridade. Quer marketing? O google tem.
O leonino com o tempo se torna um cara cansado, ou um cara exibido. O chatão que gosta de tirar vantagem e se mostrar melhor, ou aquele que se cansou das outras pessoas e quer ser tão independente. Independente porque daí ele não depende de ninguém. Não sente falta do carinho de ninguém e de nenhum conselho. Ele faz o que quer, evitando, quando pode, pisar no calo dos outros. Conceito social do leonino: o pavão? Não sei. Quando saio, não chamo a atenção de ninguém, não que eu perceba. Centro das atenções? Acredito que não. Por vezes duvido que alguém realmente escute e compreenda certas coisas que eu digo. Os "ah, é mesmo?", "quando?", "você não me falou nada disso!" entregam a falta de atenção. Daí chega aquele momento, no qual você prefere ficar quieta mesmo, porque amanhã ninguém vai lembrar da piada que você contou ou daquele acontecimento. As pessoas lembram talvez da opinião delas sobre o assunto, mas da sua, creio que não. Comecei a usar isso a meu favor, porque eu mudo de opinião de cinco em cinco segundos, mas como ninguém se lembra do que eu estava pensando, ninguém percebe, certo?
A vantagem de ser leonina. Ninguém realmente percebe minhas intenções. Daí você poderia me dizer "oh, que pena, mesmo quando suas intenções são boas!" e eu penso que mesmo assim não. Eu percebo que o que elas pensam ser o que eu penso, é realmente o que elas pensam, ou fariam na minha situação. Se alguém me chama de falsa e exagerada, eu percebo que são características que essa própria pessoa tem e enxerga em mim. São defeitos que ela sabe que tem, mesmo inconscientemente, mas ela só se sente irritada quando enxerga isso fora dela.
Já fui taxada de egoísta também. Egoísta é aquele que só quer se dar bem, e não se importa com os outros. Eu sou uma pessoa que se sacrificaria pelos outros, mas é até bom que nem todos saibam, por auto-proteção, acho o chapéu do Madruguinha muito legal, mas não desejo passar por ele. Poucas pessoas sabem disso. O leão-pai sabe. Ele entende. Ele simpatiza e sofre quando eu sofro. E é por isso que eu detesto chorar na frente do papai. Ele se chateia porque eu estou chateada. Acho que se ele pudesse, bem... melhor não completar, mas algumas pessoas do meu círculo social estariam com algumas marcas das garras dele. O fato é que ser egoísta implica em uma série de coisas que eu não sou. E o fato é que ninguém realmente sabe porque eu não sou egoísta. Eu não saio falando a quantidade de fatores contra que eu "passei", por assim dizer, para que a pessoa recebesse o que eu estou dando. Sejam meus ouvidos, minha companhia, um presente, ou uma chance. É horrível dizer para alguém: economizei por três meses para comprar seu presente, porque, por educação ao menos, ela se sente obrigada a gostar e a ficar com algo que ela realmente não gostaria. Ela fica porque você se esfolou por aquilo. Da mesma forma que é horrível dizer: eu estou com uma dor de cabeça maldita, mas hoje eu vou sair, porque percebo que você precisa de companhia. A pessoa vai se sentir culpada por uma escolha sua, certo? Só que ao mesmo tempo, ela não percebe as broncas que você toma e as coisas que você deixa de fazer por ela. Você é taxado de egoísta, mas na verdade, está sendo mesmo?



Em O pequeno príncipe o rei indaga ao pequeno a respeito de que se ele exigisse demais dos seus súbitos, quem estaria errado, se seria ele ou se seriam os súditos e ele mostra que ele estaria errado, pois ele deve conhecer o limite de seu povo, não pode deixar o povo em perigo. Quem é pelo menos um pouco leonino entende disso. O leonino não cobra das pessoas amor, não pede nada, nada além de lealdade e sinceridade. O problema é que tais valores se tornaram altamente valorizados. Estamos em um mundo de mentirosos, de farsantes. Não uma mentira para se proteger, mas para se beneficiar. Um leonino decepcionado é um leonino ruim. É um homem triste, uma mulher infeliz. Ele perde a fé nas pessoas e no mundo. Ele vive "fora de órbita". Ele pega emprestado de Câncer a mania de se ater ao passado.
Creio que devemos salvar os leões. Cultivar a selva. O animal precisa de carinho de vez em quando, mas se você não fizer carinho, seja compreensivo. Entenda que ele tem raiva quando você não o entende, não se enraiveça quando ele não contar suas desgraças. Leões gostam de contar coisas bonitas, quer ser forte. Quem viu um leão chorando de verdade sabe, que essa cena é como um dia em o Sol mesmo escureceu. É uma chama apagada. É uma morte de tristeza. Porque o bicho, coitado, sente as dores do inferno e não fala. Se ele diz, minha cabeça dói, é porque dói demais, se disser que está triste, dê uma bolinha para ele se distrair, porque ele está MUITO triste. Chateação para leão não é jogo de futebol. É caso de vida ou morte. Um leão triste sempre acha que a tristeza vai durar até, mas ele não fala. Ele nem fala que está triste, ele se diz "muito puto", ele parece irado, mas está triste. O ganido de raiva do leonino é cheio de dor e tristeza, não tem separação. Agora se o leão está feliz, vai parecer que o passeio no parquinho da esquina foi uma epopéia digna. Com tremendos navios, com raivosos mares e com amigos reis do mar. É um bichinho por vezes muito exagerado, mas engraçado. É uma graça talvez até charmosa que só outro leão igual a ele consiga entender.
Agora explicando o porquê das fotos d'O Rei Leão para aqueles que ainda não entenderam. Quer saber? Não vou explicar, não! Pense no Mufasa, no Simba e no Scar. No que eles representam no filme. Um dia vai dar para entender.
Para aqueles que gostaram das fotos, fiquem a vontade. Para os donos da foto, eu tirei de uma pesquisa no google imagens com as seguintes palavras: "leão", "scar rei leão", "rei leão".
Acho que consegui cumprir mais uma das tarefas de inferno astral. Prometo que o próximo post será mais divertido!
Por que "As histórias de Meaghan"?
Tenho outros projetos, outros sonhos e outras decepções.
A verdade é que pensei seriamente em excluir o diário eletrônico, mas seria injusto. É muito fácil apagar pessoas, se esquecer de compromissos. O compromisso aqui é desabafar. E o diário sempre foi uma espécie de melhor amigo.
Ele não lê, ele não me critica, mas serve de espelho. Auxilia na árdua tarefa de olhar para trás e melhorar.
Então apagar por quê?
Não sei. Existem momentos em minha vida quando penso que é melhor simplesmente desistir, sumir e começar de novo.
Então por que não apagar?
Sem querer plagiar a idéia de Joanne Rowling, mas existem momentos em que devemos fazer o que é certo, e não o que é mais fácil.
É mais fácil esquecer que eu tive momentos ruins, é mais honrado dizer que eu sou corajosa e eu não tenho meus problemas.
Eu sou uma autora anônima, mas não a sou. Eu sei que existe a possibilidade de que esteja alguém conhecido lendo tudo aquilo que escrevo, mas não sei se esse ou esses "alguéns" realmente lêem o diário. Pessoalmente? Creio que não. Há hobbies melhores.
Quanto aos leitores anônimos, bem... eu também creio que eles não existam. A idéia inicial de "Sol, chuva, lua e tempestade" era ser um diário eletrônico no qual eu pudesse escrever quando houvesse tempo e necessidade.
Não sou a pessoa mais ocupada do mundo, mas eu gosto de variar minhas leituras e hábitos e gosto de cultivá-los todos. Tempo é o reagente limitante da reação. Necessidade? Não. Eu preciso conversar com alguém, e preciso de alguém disposto a ouvir a verdade. O alguém? O diário.
Então, você é socialmente uma "loba solitária"?
Não, mas não acredito que as pessoas estejam interessadas em ouvir opiniões em um geral. Elas querem concordâncias. E eu não acho certo em agir como o lado ruim da consciência. Se tem algo errado, pode até ser certo tentar avisar, mas não tentar corrigir. Creio que o próximo post deixe bem claro o aspecto identidade e sociedade.
O blog se tratará de histórias?
Não. O blog tem a mesma função, mas creio que "as histórias de meaghan" seja um título mais apropriado a todas as facetas de autora. Meaghan foi um personagem criado há muito tempo, talvez 10 ou 12 anos (começo da adolescência), baseado em mim. Mês que vem completo 22 anos, a Meaghan na história em que foi enredada passou pelo período que acabei de passar, entre 18 e 21.
Quem é realmente Meaghan?
Meg, como eu e a criadora dela preferimos ou preferíamos nos referir, é um personagem de uma espécie de anime. Não sei se alguém já viu Sailor Moon, mas a idéia é essa. A Meaghan tinha uma aparência muito familiar à de Sailor Marte. A criadora de Meaghan era uma amiga minha da qual me distanciei devido ao destino. Era uma amiga muito querida e é uma pessoa de quem guardo muito boas lembranças, mas é alguém que creio que nunca lerá o blog, pois ela deve achar que não escrevo mais, assim como muitos pensam devido às minhas escolhas acadêmicas.
Enfim, como o parágrafo de cima falou mais da minha relação com a criadora da Meg, devo relatar sobre a Meg no que estou escrevendo. Meg tinha um irmão, Sam, um grupo de amigos, Nic, Ingrid (que era o personagem usado pela autora para se inserir na história), Melanie, Dylan, Vic e alguns outros. Não me culpem por não lembrar da história na íntegra, leitores. Nunca tive uma cópia das histórias de Meaghan (penso eu por não ser viável, visto que foram usados aproximadamente quatro cadernos de 96 folhas). Meg não era um personagem principal, a história possuía inúmeros personagens principais, assim como Sailor Moon, que em sua primeira temporada apresentou 7 personagens principais (Serena, Amy, Raye, Lita e Mina, Lua e Artemis), sendo elas as próprias Sailors, apesar de que com o passar da série, Sailor Moon acabou se concentrando na história de Serena e sua vida passada, mas resumindo Meg era um dos personagens principais com uma veia cômica.
A veia cômica de Meg, e talvez as amizades que comecei a formar na época de sua criação acabaram por definir a minha própria identidade. Não que eu tenha me esforçado para isso, mas Meg era uma projeção mais adulta de mim mesma, que acabou por retratar bem a imagem que possuo frente aos outros, mas também consegue penetrar um pouco mais nas perturbações internas que passam desapercebidas em um cotidiano frívolo.
Meg era uma garota engraçada, inteligente e inspirava lealdade. Não leitor, eu não estou nem um pouco perto de ser Meg, mas se eu pudesse escolher alguém para ser, provavelmente escolheria a personagem. Eu não sou inteligente, apenas esforçada. E eu não inspiro lealdade, na realidade, a lealdade parte muitas vezes de mim. Engraçada? Talvez um humor ácido, a la Chandler Bing (Friends), Lorelai Gilmore (Gilmore Girls) e irmãs Halliwell (Prue, Piper, Phoebe e Paige - Charmed), mas não me considero engraçada, me considero sarcástica.
Então eu pareço ser Meg?
Opa, agora você me pegou. Não sei. Creio que eu passo a imagem dela. Eu pareço muito forte e confiante, mas eu não sou nada disso, de novo, creio que o post seguinte conseguirá retratar melhor as coisas.
E Sol, Chuva, Lua e Tempestade?
Eles existem, mas eles são fazem parte de uma espécie de clã, uma tribo. Acho que as pessoas têm muitas facetas, se é que consigo me fazer entender. Depende de humor, depende de solidão, depende da posição do Sol em relação ao céu. Somos capazes de sermos camaleões, com Sol, Chuva, Lua e Tempestade, eu assumi esse fato. Eles não são independentes entre si, eles são complementares, eles se somam e resultam em mim, na imagem que eu tenho de mim mesma e na imagem que os outros têm de mim. São três coisas completamente diferentes e eu penso que isso acontece com todo mundo, faz parte do que se chama de profundidade psicológica.
Eu sempre escrevi, bem, não sempre, mas desde os 8 anos, assim como canto como hobbie desde os 9. E sempre fiz isso em momentos de solidão. Assim eu me sinto bem, natural, autêntica. Com os outros eu tento uma certa graça e um certo charme, visto que penso ter uma presença um pouco pesada (até mesmo físicamente falando!). Então é perfeitamente clara a razão de o blog ter a veia anônima. Eu faço essas coisas quando estou sozinha. Quando leio estou sozinha, quando canto também estou sozinha, ou me sinto assim. Canto, não cantarolo. Eu canto alto demais, borderline screaming, se é que consigo me fazer entender. Quando cantarolo apenas assumo que é necessário cantar, mas não aceitável.
Como eu não deleguei o blog a ninguém, e seria um absurdo fazer isso, Sol, Chuva, Lua e Tempestade continuam a permear no diário. Eles são a essência de tudo.
Por que mudar?
É necessário lidar com o velho, para crescer e se transformar em algo novo. O passado (Meg) faz parte do presente. O cor preta representa ausência de cor, o que pode levar a um entendimento de ausência de vida e de sentimento. Eu baseio a minha própria existência nessas coisas. A cor preta estava simbolizando um luto. Luto porque mudanças envolvem mortes. Foi a morte da minha adolescência. Eu aproveitei bem, para os meus parâmetros, todos os momentos. Eu me apaixonei, me decepcionei, fiz amigos, perdi alguns, conheci pessoas e lugares maravilhosos que me fizeram crescer, mas tudo isso de certa forma, morreu.
Eu ainda não fiz 22 anos, mas isso é uma questão de dias, sabe. 21 representa a maioridade, 22 não representa nada.
Por que morreu?
Eu passei por experiências que me fizeram enxergar tudo por uma ótica diferente. O crescimento adolescente morreu. Meus amigos, os lugares, as lembranças e meus amores continuam intactos, mas a visão que eu tenho deles hoje é muito distante daquela que eu tive um dia.
Aos 21 eu passei pelas piores experiências. Eu tive que olhar para dentro, para enxergar lá fora. De novo, o próximo post, meio tempestadelike, vai mostrar algumas coisas.
A minha infância não foi típicamente feliz. Eu sempre fui confusa e "de deixar" outros confusos. Durante a adolescência eu questionei, e depois eu entendi.
Eu fui uma criança, na maioria dos momentos, solitária. Eu guardo poucas memórias dos tempos de escola, e muitas das férias! Por quê? Era algo que eu precisava saber e entender para evoluir. Não creio que entendi completamente, mas aceitei.
Sendo uma criança só, eu sempre tive dó de outras que eram tão sós quanto eu. É difícil ver sua tristeza refletida nos olhos de alguém. Foi a época que eu mais passei por isso. Eu era uma criança não-verbal, não gostava de socializar, e por isso eu tive muitos colegas, mas nenhum amigo mesmo. Foi a época também quando ocorreu a morte da minha avó, que de todas as que tive um maior contato, foi a pior. Eu choro até hoje quando lembro da minha avó, por ser um misto de raiva por não ter conhecido a pessoa maravilhosa que ela foi muito bem (ela morava muito longe e era muito difícil meu pai poder levar a família para visitar meus avós, eu vi minha avó duas vezes, quando tinha 1 ano e cinco anos depois), tristeza por não ter uma avó para conversar e abraçar e um sentimento de incompletabilidade, que seria um neologismo meu. Quando você deixa de ter as experiências que quer, você se sente incompleto, não é mesmo?
Por ser uma criança só e não gostar das mesmas coisas que as outras, acabei por criar um mundo próprio e paralelo ao real e daí nasceu a vontade de escrever e de cantar.
Para se somar ao fato de ser diferente, eu era a "caçula da família" e me tiraram esse título. Na época, não gostei muito, mas a partir daí comecei a sentir uma necessidade de ser criança grande. De ser criança, mas de ser maior. Eu queria crescer para aprender mais e ensinar tudo isso.
Depois veio a adolescência, para equilibrar tudo aquilo que aconteceu na infância. Comecei a fazer amigos, a conhecer pessoas e olhar para os lugares, para as estradas.
Comecei a me conhecer, mas eu nunca me entendi muito bem, acho até que é por isso que eu escrevo. Para ler depois e pensar... nossa... entendi. As minhas melhores epifanias aconteceram quando eu estava lendo textos meus. Não porque eles são maravilhosos, bem escritos. Porque eu entendi algo de importante na hora de aplicar.
Acho que a palavra chave na infância foi identidade, na adolescência, confiança.
Quem é sozinho sabe do que eu estou falando. É muito difícil confiar nas pessoas. Contar seus pesadelos, seus sonhos. E isso acontece em decorrência da minha "síndrome da Távola Redonda". Eu idealizo. Eu sou idealista. Eu realmente acredito num mundo melhor. A realidade realmente consegue destruir isso. A realidade envolve uma profundidade psicológica que a idealidade não tem. A idealidade é um bonito castelo de areia, a realidade é uma onda no mar. São lindos os dois, mas não coexistem por muito tempo.
A realidade envolve erros de comunicação. Pessoas não entendem perfeitamente o que você pensa. Não entendem seus atos, nem intenções. Quem se magoa com isso? Você.
Então apenas concluindo o que deveria ter sido uma breve explicação.
Eu coloquei a cor branca para representar toda a vida que vem por aí.
Representa o medo do ano que vem por aí, as responsabilidades que eu quero assumir, os desejos realizados e por realizar, os amores que eu tenho, que eu tive, os que eu nunca vou ter, a esperança de ser cada vez melhor, de ser para os meus pais o que eles foram para mim, de algum dia ser uma boa amiga e companheira, a confusão permanente que se estabeleceu entre cabeça e coração, ações e habilidades, a intermitência da paixão pela vida.
Para representar o passado. Com suas desilusões e euforias.
Para representar a vida, como de fato ela é.