quarta-feira, 30 de julho de 2008

E quando o melhor para você não é o melhor para os outros?

Acho melhor começar do começo mesmo.
Eu detesto ir à praia. Não gosto. Teve uma época que eu gostava, e ficava ali deitada esperando o Sol queimar minha pele. Hoje, eu prefiro uma sombrinha, uma montanha ou uma lareira acesa em dias muito frios.
Talvez eu não goste de praia porque lá eu realizo atividades como ler ou pensar sobre a vida. Convenhamos, dependendo da leitura e do momento na sua vida, ambas não são o mais indicado.
Pois é.
Sexta-feira eu vou ao Guarujá. Ao invés de pular de alegria, como qualquer outra pessoa comum talvez fizesse, eu estou aqui, de certa forma reclamando.
Sabe quando você se sente triste e com raiva, mas no fundo acha que sentir essas coisas é típico de gente egoísta?
Eu me sinto assim, agora.
Dia 01/08 é aniversário do meu pai, principal motivo da viagem, mas não estou brava porque vou até a praia e todas essas coisas, mesmo porque seria muito ingrato da minha parte, visto que o próprio foi o único a bater o pé e dizer que meu aniversário também estava chegando e que ele queria comemorar comigo. "Se ela não for, eu não vou", disse ele bem enfático. Resumindo, ele foi o único que lembrou. Decepcioná-lo não é uma opção (se bem que nunca foi).
Meu aniversário é na terça-feira, e eu tenho muito a comemorar. Bem, não sou a mais nova milionária, mas eu tenho saúde, principalmente depois de uns momentos de tensão entre novembro do ano passado e fevereiro desse, é algo muito importante a se comemorar, sem contar outros bem mais essenciais como, eu tenho uma família unida, e alguns amigos que gostam de mim (pelo menos eu prefiro acreditar que gostam).
O fato é que eu vou comemorar o meu aniversário na praia, e a viagem durará até domingo. Domingo é dia ruim de se comemorar, pois segunda se trabalha, assim como terça. Restam sexta-feira e o outro sábado, mas daí eu me pego a pensar se já não seria tarde, pois tudo tem um momento e talvez lá, o momento tenha ido embora.
Então eu fico aqui, insatisfeita por um lado, por não poder comemorar o que eu acho que cresci durante esse tempo todo com outras pessoas que eu também adoro, e me sinto ingrata, pois tanto tem sido me dado pela minha família, e eu aqui, reclamando.
Vai ver eu estou dando muita importância ao meu aniversário, afinal é só mais um dia em um ano, que tem por sua vez 366.

terça-feira, 29 de julho de 2008

A procura de respostas...

O que tanto eu procuro?
Talvez ser a pessoa que sonhava quando tinha cinco anos, mas até então, eu sonhava em poder brincar minha vida inteira.
Ou então quem sabe me tornar a maior arquiteta de todos os tempos? Acho que não, porque eu não gosto muito de desenhar... isso é um pouco importante para um arquiteto.
E daí eu poderia ter as opções de ser professora de inglês, farmacêutica, engenheira, química e até mesmo fotógrafa ou cantora.
Tudo isso é parte do que você faz, mas não do que você é.
Então o que eu quero ser?
Grande? Sincera? Amiga? Especial? Intelectual? Inteligente?
Isso não é "de ser"... não se é uma qualidade só, um adjetivo só...
O que eu quero fazer?
Ah... acho que essa eu sei! Ou... posso arriscar um palpite. Quero algo novo para aprender todo dia. É tão bom chegar em casa e dizer todas as suas atividades acrescentadas de aprendi a fazer tal coisa.
Quero amanhã ser maior que hoje... mas isso é "de ser" ou "de ter"?
Ou "de acumular"?
Bem, não posso negar que gosto de acumular coisas. Embalagens, canetas, até mesmo peso, infelizmente.
Para ser A ou B, você precisa desistir de ser todo o resto do alfabeto? E se eu quiser ser uma redação cheia de letras, vírgulas, dois pontos, pontos de exclamações, de interrogações, de cedilhas, de acentos agudos e circunflexos e hífens? Eu não posso?
Como eu vou crescer?
Antes eu tentava descobrir um objetivo. O que você vai ser quando crescer?
Agora eu tento descobrir uma maneira? É isso? É essa a diferença?
Alguém aí me diz que tem alguma, por qualquer que seja, senão isso vai querer dizer que eu empaquei esses anos todos, ou pelo menos os últimos anos da minha vida.
Como eu chego lá?
Eu quero ser sábia, prudente, paciente, velha?
Qual é o caminho?
Fingir ser alguém que não sou, ter formas curvilíneas e delgadas para então conquistar alguém e me casar? Ou arriscar ser eu mesma e viver sozinha? Não ter filhos, não ter mais família e mais ninguém para jogar a culpa quando a situação apertar? Porque acredite, ela vai.
Qual é o medo?
O medo é vermelho? É medo de nadar? É a pedra no meio do caminho? É a encruzilhada onde você escolhe se continua pela mesma rua ou vira noventa graus?
Qual é o medo? Quem é o medo? De quê é o medo?
Se essa forma é um caminho, qual deles devo seguir?
O mais prudente, o mais fácil ou o mais desafiador?
E por que eu estou pendendo para o mais desafiador? É vontade de sofrer ou uma vontade cega de abandonar as responsabilidades que eu tenho a cumprir?
Talvez essas sejam perguntas que só a vida vai responder...

A menina que queria voar

Era uma garotinha, pequena, de seus dez anos que sonhava em poder voar. Passou metade de sua vida querendo conhecer o céu de perto, tocá-lo e conversar com ele, se ele conseguisse falar.
O céu sempre foi muito distante, eles nunca conseguiriam ter uma conversa particular, pois aquilo que ele falaria, todos poderiam escutar, visto que como ele situa muito longe, teria que necessariamente gritar para que ela escutasse.
Todos poderiam escutar, e ela queria ser especial para o céu. Assim como o céu era especial para ela.
Sonhava com o dia em que iria criar asas e voar bem alto. Sempre disseram que era impossível, mas para ela, o impossível dos outros era uma questão de tempo. Voar era uma questão de tempo, precisava crescer.
Crescer e desenvolver as asas mais maravilhosas, jamais vistas no mundo inteiro. As asas mais bonitas e criativas. Aquelas que estavam debaixo do nariz de todo mundo, mas ninguém sabia usar. Ninguém sabia aproveitar. Ninguém sabia que tinha.
Ela queria conhecer o céu e conversar com ele, sobre o amor, a amizade e as nuvens.
Queria voar, queria viver, queria conhecer...
E depois de crescida, a criancinha que se tornou uma moça realmente voou e conheceu todas as estrelas, beijou todas as nuvens e conversou bastante com o céu. Nesse momento ela entendeu que não era necessário tocá-lo para entendê-lo ou escutá-lo, pois para entender o céu tem que aprender a ouvir com o coração e não com os ouvidos.
Não seriam então todos que ouviriam sua conversa com o céu, mas apenas aqueles que soubessem escutar com o coração.
Então aí, ela desvendou um dos tantos segredos de sua vida, e talvez até de uma humanidade.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Os primeiros mananciais de uma criança de oito anos...

O que valemos se realmente não amamos, se não somos amados?
Do que vale nossa vida se não temos uma pessoa querida sempre ao nosso lado?
Se seguirmos o trilho errado? O trilho do mal, o trilho da destruição, o trilho da inveja?
Se não temos família, não temos a quem amar, não temos a quem mimar?
De que vale viver? De que vale acordar? Ter apenas vivido frações de segundos? De viver com a certeza da morte? De saber que nada é para sempre?
De que vale amar alguém agora para odiar depois? Ter odiado antes e destruir agora?
De que vale a intenção do bem se para alguns é realmente o mal que interessa?
De que valemos? Qual o valor da vida? Qual o valor de um momento?
Se vivemos com a incerteza, se a única certeza é a morte, se a única defesa é a violência, se não sabemos como será o dia de amanhã, se não temos o que queremos, se matamos pelo que queremos, se morremos pelo que os outros querem, se não temos uma razão para viver, de que valemos?
Somos simplesmente humanos, simples mortais que matamos e morremos por nenhum ideal, por nenhuma causa justa, por nenhuma causa, por mais tola que seja.
Se nesse mundo de hoje o casamento não é para sempre. Se os que moram em um país não têm amor pela própria pátria, e muito menos amor pelo que fazem. Se existe guerra para obter a paz. Se a paz não pode ou está longe de ser conseguida. Se poluímos não só com lixos, mas visualmente os rios e suas margens. Se o que existe é apenas a destruição, ódio e inveja, de que valemos então?
Para que existem poetas e contadores de histórias? Por que vivemos e existimos? Porque existem pessoas que sofrem pelo pecado de outras?
Temos a certeza de que ainda estamos no meio de um túnel. Túnel esse do qual não temos conhecimento de seu fim. Se será na queda de um abismo ou até mesmo se existe uma saída. Daqui não podemos ver o rio azul, de água cristalina e transparente correndo de encontro ao mar. Daqui não podemos ver nem o rio poluído que de certa forma construímos por assim dizer. Hoje em dia peixes morrem, e a energia é nuclear.
A natureza sofre por nossos erros, enganos e maldades e pede a nós com sua beleza infindável que paremos com isso, mas não obedecemos. Continuamos com desmatamentos, prosseguimos a destruir o que é de direito nosso, a herança que recebemos de um Deus, para aqueles que acreditam, a única prova viva e concreta de que alguém nos ama, de que o castigo de Adão e Eva é mais doloroso para Ele do que para nós. Como todo bom pai, Ele quer que os filhos aprendam a viver, mas ainda permeamos no castigo porque queremos mudar a lei natural da vida. Queremos viver para matar e nos negamos a morrer porque queremos ter e não sabemos ao certo se realmente merecemos o tão querido presente.
Queremos ser soberanos sem saber mandar, para sermos mais importantes. Para "darmos" em revistas que apenas vivem para especular a vida dos outros e que por muitas vezes inventam. Mentiras, puras mentiras, apenas mentiras. Montam fotos, fazem poses, caras e bocas para ganhar o quê? Fama? Dinheiro?
Por que um jogador de futebol ganha mais do que um professor, se um professor tem um trabalho mais nobre?
Por quê?
Por que vivemos?
Por que existimos?
E por que tenho a certeza de que nunca terei resposta para tudo isso?
Não temos respostas, muito menos meios de como responder a todas essas indagações, mas temos como viver e aprender. Não apenas com os mais velhos, mas também com os mais jovens que ensinam para o resto do povo sobre a riqueza inerente a vida, que não é somente dinheiro e muito menos poder. Eles ensinam que o mais importante é a alegria que encontramos no amor, naquele amor, no real e verdadeiro amor.

Acerca da Oficina de Pensamentos

"Oficina de Pensamentos" é o então antecessor de "Sol, Chuva, Lua e Tempestade"...

Depois de ler todos esses textos resolvi pensar que talvez o melhor título fosse "Em busca da felicidade", mas esse já é título daquele filme com o Will Smith.

Coloquei o link para ficar mais prático de se ler posteriormente.

Concomitantemente com "O Caderno", sendo que "O Caderno" é realmente um caderno com capa dura e 96 folhas...

domingo, 27 de julho de 2008

O post que não tinha muito a ver com os outros posts, mas que mesmo assim foi publicado!

Depois de pensar pelo menos umas 2 ou 3 vezes por semana "olha, isso aqui até seria legal de se colocar no blog", estou aqui escrevendo, relatando que... esqueci-me do que realmente eu estava considerando escrever.
Há seis anos, minha professora de português afirmou que meus textos eram "pé no chão". Aliás... seria bom encontrar meu texto "pé no chão".
Devo encontrá-lo no meu caderno.
Volto mais tarde.

Random thoughts

Bem... na verdade eu estava pensando nessas coisas ontem, mas não consegui escrever. Quando cheguei em casa, perdi o feeling.
São pensamentos soltos, mas...
Eu procurei pelas estrelas, ao lado da Lua, no meio do céu, mas não encontrei.
Pelas estradas, vielas, ruas, em todos os lugares que poderia estar lá, mas ainda assim, eu não achei.
Restaram todos os outros lugares que não esperava.
Aguardar o inesperado.
Continuar sonhando...
Outro era uma idéia, de uma coisa que eu queria escrever, mas como nunca se sabe... como eu não sei se amanhã eu permanecerei viva para continuar escrevendo, vou deixar o trecho por aqui... quem sabe depois eu aproveito.
- Por que você está pensando em me ajudar? - perguntou Maya em tom cansado, com certa inocência.
- Ué, porque eu sou assim! Altruísta. - respondeu Gio displicentemente.
- Não, sério... por quê? - indagou a garota impacientemente, olhando nos olhos de Giovanni.
- Porque somos amigos, oras, Maya, eu não tenho um motivo específico! - tentou balbuciar algo em seguida, mas o rapaz preferiu se manter em silêncio.
- Gio, sempre fomos, sempre seremos, mas agora não existe um porquê! Não é uma situação em que alguém deva me ajudar! - resistia Maya.
- Maya... do que você tem medo? - perguntou com olhar inquisidor.
- Não tenho medo! Ou tenho... não sei... você não pode me ajudar! O que você ganha fazendo tudo isso? - exasperou-se.
- Realmente, eu não posso ajudar, mas posso apoiar suas decisões. Eu não ganho nada físico com isso, eu ganho o brilho das estrelas. - falou olhando nos olhos da amiga e em seguida abraçou-a.
- Ah... tá bom. - abraçou-o de volta.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O post que não tinha título...

"Todos os anos, sempre entre os dias 24/07 (hoje) às 16h03 e 11/08 às 10h14, o Sol em trânsito se conjuga à Lua do seu mapa. Este tende a ser um período feliz e de particular brilho pessoal, mas só se você estiver colaborando para esta felicidade. Traduzindo em miúdos, este ciclo age como uma espécie de "catalisador" para aqueles que vêm tomando atos construtivos e que estão se empenhando em algum projeto que envolva o próprio desenvolvimento. Para aqueles que se encontram na inércia, este ciclo também não deixa de ser positivo, e tem a ver com uma "sacudida" que o Universo dá na pessoa, estimulando-a a despertar, a acordar pra vida. O efeito deste trânsito é o de uma "lua nova pessoal", um período propício para os novos inícios, para lançar-se em projetos novos. A sensação associada é a de renovação. Procure dar atenção aos seus impulsos de alma neste momento, pois, por mais "loucos" que lhe pareçam, eles estarão provavelmente lhe revelando os seus caminhos naturais para este período. O Sol ilumina a Lua, o que sugere um período de maior consciência pessoal, uma fase de descobertas pessoais importantes; é provável que você venha a "se tocar" de aspectos de sua vida que estavam particularmente inertes e que você precisa se livrar. Neste período, cuja palavra-chave é a consciência, você se apercebe de hábitos e comportamentos que talvez tenham lhe agradado por muito tempo, mas que você precisa deixar para trás, a fim de se tornar uma pessoa melhor. E o mais interessante é que sua alma estará propensa a este ato de renovar-se."
(Trânsitos Astrológicos - Personare)
Então é agora que eu... deixa pra lá!
Melhor eu pensar na história que eu queria fazer, mesmo!

No aniversário de Mercúrio...

"Entre os dias 21/07 às 8h37 e 28/07 às 12h01, você estará vivendo o seu aniversário de Mercúrio! Esta é uma fase de valor singular, pois é quando o planeta Mercúrio completa um ciclo revolutivo em torno do Sol, voltando para a mesma posição em que estava no momento em que você nasceu. Este momento é traduzido como uma fase de renovação da mente, de redefinição das suas prioridades no que diz respeito a objetivos e empreitadas de curto e médio prazo. Sua mente fica poderosa nesta fase, de modo que lhe parecerá mais fácil chegar a conclusões a respeito dos problemas que você tem para resolver. O aniversário de Mercúrio é uma fase em que novas idéias transbordam, nos indicando novos caminhos".
(Extraído dos trânsitos astrológicos - Personare)

Tá, tá e daí? Hoje Mercúrio se encontra a 26° do signo de Câncer, exatamente no mesmo grau que o "meu" Mercúrio.
Creio que na mitologia grega Mercúrio é associado ao mensageiro de Zeus, bem... eu acho que ele É o mensageiro de Zeus. Em um mapa astral (como esse é o primeiro planeta que eu realmente cito, talvez seja melhor me explicar melhor), Mercúrio simboliza a comunicação. O signo em que ele se encontra simboliza a forma como a pessoa, no caso citado eu, mas pode ser qualquer uma que tenha um Mercúrio em Câncer, expressa isso.

De acordo com um trecho do Astrodienst:
"Você por vezes deixa suas emoções dizerem como pensar, e acha difícil olhar para as coisas objetivamente. Sua mente tem uma capacidade de retenção muito boa, então uma vez que você aprende algo, é muito provável que você não esqueça.
Na realidade, você prefere idéias que conheceu e entendeu há muito tempo porque elas se tornaram familiares. Certamente você pode aprender coisas novas, mas não é fácil se elas parecem ameaçadoras ou desafiadoras.
Quando você está emocionalmente mal, seu ponto de vista em relação ao mundo muda. Nessas horas, não leve essa visão muito a sério, porque ela mudará de novo quando você se acalmar."
Hum... acho que não posso negar então que... olhando dessa forma... foi um tiro no meio do alvo. Como eu não saio me comunicando com os outros, ou dizendo o que eu penso por aí, isso não é muito claro. Aposto que ninguém realmente o quanto eu sou exagerada, o quanto eu choro e blá blá blá (já lido em outros posts, repetitivo no blog), mas eu passei da fase de culpar todo mundo por não perceber como eu me sinto. Eu realmente sei esconder alguma coisa quando quero, o problema é que eu detesto esconder as coisas.
Eu só discordo do momento de lucidez (voltando a Mercúrio conjunção Mercúrio natal). Se tem uma coisa que meus pensamentos não estão, eu diria que lúcidos. Eu nunca estive tão confusa em toda a minha breve e humilde existência. Isso me irrita.
Eu estava pensando durante a semana no post que iria escrever por aqui (ninguém me lê, mas eu escrevo de qualquer forma, sem ofensas ao blog) sobre isso. Eu sempre tive certeza de qual seria o próximo passo, e em qualquer lugar da estrada, creio eu que a certeza ficou.
A verdade mesmo, pelo menos por agora, é que eu me sinto dividida (a-há, justifiquei a música da Pocahontas). É horrível a sensação de estar fazendo algo, mas uma parte de você dizer "não faça isso". É errado. Não vai dar certo.
Tá, daí poderiam me dizer que não. É pessimismo. Não é. Eu não tenho uma natureza puramente pessimista. Eu sempre acredito que no fim as coisas dão certo, é ridículamente romântico, fora de moda e bem, por si só é imbecil, mas ninguém realmente controla nas coisas em que acredita, então, paciência.
Voltando ao tema, não é pessimismo. É confusão. Será que eu segui o caminho mais suave? O que parecia mais fácil? Eu era uma criança "nerd" e solitária que gostava de matemática e sempre gostou de química. E escolhi engenharia. Parece coerente? Eu não penso que é bem assim.
Eu sempre gostei muito mais de música do que de matemática, do que de química, do que de até mesmo dormir. Uma das piores decisões que eu tomei foi parar de ter aulas de violão, e sinceramente, eu não fiquei tão triste quando saí do Kumon. Eu não vou ficar tão triste quando sair da faculdade. No entanto, eu escolhi engenharia.
Olhando para trás eu sinto que minha vida foi dupla (ainda é). Existem várias de mim mesma, mas ninguém realmente conhece todas "eus". Não porque as pessoas têm uma visão limitada, o mundo me odeia e tudo conspira contra mim, mas devido ao fato de que em cada lugar, com cada pessoa, eu sinto coisas diferentes. Até agora eu não descobri se isso seria versatilidade ou falta de opinião própria.
Escolher o que você vai fazer pelo resto da vida independe de adaptabilidade. Eu não quero trabalhar em algum lugar onde eu me adapte. Eu quero trabalhar onde eu me sinta eu mesma, não em qualquer lugar em que eu tenha que fingir ser Joana ou Marina.
E escrevendo aqui eu me sinto triste. Eu penso que eu já deveria ter decidido qual carreira. Minha família espera isso de mim.
É deplorável. Minha família realmente pensa que eu no fundo eu sei o que eu vou fazer, que eu sou realmente capaz. Eu não digo que não sou, mas não tenho tanta certeza.
A única coisa boa disso tudo é que se eu realmente me formar, minha família vai ficar feliz. E eu realmente não sei quantos momentos felizes eu proporcionei a eles. Espero que esse realmente compense, acho que a tempestade vem aí...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

To be safe we lose our chance of ever knowing...

What I love most about rivers is:
You can't step in the same river twice
The water's always changing, always flowing
But people, I guess, can't live like that
We all must pay a price

To be safe, we lose our chance of ever knowing
What's around the riverbend
Waiting just around the riverbend...

I look once more
Just around the riverbend
Beyond the shore
Where the gulls fly free
Don't know what for
What I dream the day might send
Just around the riverbend
For me...
Coming for me...

I feel it there beyond those trees
Or right behind these waterfalls
Can I ignore that sound of distant drumming
For a handsome sturdy husband
Who builds handsome sturdy walls
And never dreams that something might be coming?
Just around the riverbend
Just around the riverbend...

I look once more
Just around the riverbend
Beyond the shore
Somewhere past the sea
Don't know what for...
Why do all my dreams extend
Just around the riverbend?
Just around the riverbend...

Should I choose the smoothest course?
Steady as the beating drum?
Should I marry Kocoum?
Is all my dreaming at an end?
Or do you still wait for me, Dream Giver...
Just around the riverbend?

(Just around the Riverbend - Pocahontas' soundtrack)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

And so they say...


"Don't feel guilty if don't know at 22 what you want to do with your life, the most interesting 40-year-olds I know, still don't"

"And so we talked all night about the rest of our lives, where we're gonna be when we turn 25...
I keep thinking times will never change, keep on thinking things will always be the same, but when we leave this year we won't be coming back... no more hanging out cause we're on a different track, and if you got something that you need to say, you better say it right now cause you don't have another day.
'Cause we're moving on and we can't slow down, these memories are playing like a film without sound, and I keep thinking of the night in June, I didn't know much of love, but it came too soon, and there was me and you, and then it got real blue...
Stay at home talkin' on the telephone and we would get so excited, we'd get so scared, laughing at our selves thinking life's not fair... and this is how it feels:

As we go on, we remember all the times we had together, and as our lives change from whatever, we will still be friends forever...

So if we get the big jobs and we make the big money, when we look back now, will that joke still be funny? Will we still remember everything we learned in school? Still be trying to break every single rule...
Will little brainy Bobby be the stockbroker man? Can Heather find a job that won't interfere with her tan?
I keep, I keep thinking that it's not goodbye, keep on thinking it's a time to fly... and this is how it feels...

As we go on, we remember all the times we had together, and as our lives change from whatever, we will still be friends forever...

Will we think about tomorrow like we think about now? Can we survive it out there? Can we make it somehow? I guess I thought that this would never end and suddenly it's like we're women and men...
Will the past be a shadow that will follow us 'round? Will these memories fade when I leave this town? I keep, I keep thinking that it's not goodbye, keep on thinking it's a time to fly"

(Graduation Day - Vitamin C)

Será que é mesmo como se diz por aí? "Every new beginning comes from some other beginning's end"?
As we go on... we remember....

domingo, 13 de julho de 2008

ANTM - Cycle 1 - O começo...

Então...
O espaço aqui é para introduzir ANTM. Que maneira melhor que o Cycle 1?
Adrianne, Robin, Shannon, Tessa, Ebony, Katie, Elyse, Nicole, Kesse e Giselle.
Bem... da primeira vez que eu vi as bitches pensei... ANTM is Nicole.
No primeiro photoshoot, meu... pensei que ela tinha uma super pinta de modelo. Ela tinha um andar super altivo.
Não foi bem assim...
Na verdade... nem perto!
Depois de umas duas semanas, a menina já tava eliminada!!!
Se bem que eu já nem tava mais torcendo ou achando que ela ia ganhar.
Bitch, tava torcendo mesmo pela pre-student de medicina, Elyse.
Ela não é nem de perto o tipo gostosona do bairro (opa, encarnei Fernanda Motta, gente), ela tem uma beleza diferente.
Elyse é exótica, mas não é só isso, ela era inteligente. Concordando com o vídeo de um cara chamado Henry Evil. Ela é a melhor participante que o próprio ANTM já teve. Ela deu piti dentro do confessionário, ela era inteligente. Era sensata. Elyse por seu peso foi criticada por parecer anoréxica, mas eu não acredito que ela não era.
Quando 8 bitches se unem para meter o pau em você, fica realmente difícil se segurar. No challenge das entrevistas ela falou de todo mundo. Sinceridade, sem tentar colocar ninguém contra ninguém. Foi a melhor coisa que ela podia ter feito.
Enquanto isso, as outras bitches foram saindo. A que saiu antes da Nicole foi a Tessa. Ninguém realmente entendeu a pose de ponta-cabeças. Depois foi a Katie. Tyra odeia sluts, so... get out of my way bitch.
Em seguida a Nicole, mas vamos combinar. Bitch sabia que era gostosa e ficou com fricotes mil. Mr. Jay, Tyra e eu detestamos isso, so does Janice. Resultado: bota.
Ebony foi a seguinte. Ela foi uma das primeiras a se assumir sacana mesmo. Em um challenge as meninas foram sair com um DJ ou rapper famoso e ela disse que não iria descer para entregar a Tyra Mail. Fora isso, achei que ela foi coerente. Deu um toco na folgada da Giselle que só ficava coçando o dia inteiro na casa e era lésbica. Foi a única vez que se viu uma cena homossexual em ANTM, mas assim, de leve, sabe. Elas foram carinhosas, uma fazendo tererê na cabeça da outra. Bem, só a Ebony fazendo na cabeça da namorada, já que Ty-ty decidiu deixar a coitada quase careca. O que levou ao primeiro Makeover Meltdown. Se bem que ela não chorou, ela tava mesmo fula da vida... passaram a máquina que nem o rabo, né. Semanas depois, Tyra mandou ela se hidratar ou algo assim para a pele. Nossa... a mulher ficou louca, passava vários óleos e engraxou a casa inteira. Tinha uma vontade de ser modelo muito grande, mas por ter um olhar meio forte e parecer agressiva, tomou a bota. Next!
A próxima ANTM wannabe a tomar bota foi a Giselle. E acreditem foi na semana dessa foto ao lado. Juro que fiquei possessa. Ela tinha mandado muito pior nas anteriores! Essa tinha sido a única foto bacana, e para mim, a melhor da semana. Talvez por ela ser dançarina.
Sabem como é? Tyra odeia confeiteiras e essa aqui ficou de ti-ti-ti dizendo que a foto tava uma bosta. Tyra sacaneou e disse: quer saber, bitch! It's a piece of shit!
Fora isso, ela coçava pela casa, falou mal da Ebony e seus sebos por aí. A única que não alienava Giselle era Elyse. Porque Gigi possuia um ferro de passar. Cara... I love Elyse! Bem... fora isso... Elyse deu o melhor fora possível nela. "Man, I need to build some fucking confidence, how do I do that?" "You get out of puberty...".
Formou-se o TOP 5, com Kesse, Shannon, Robin, Adrianne e Elyse (<3).
Esse na verdade foi o pior photoshoot ever para mim. Logo esse, para Wonderbra. Come on guys, you can do better.
Todo mundo saiu bizarro, mas quem rodou foi a Kesse. Meu palpite? Ela era gente boa demais. Era a única das cristãs pentelhas que não ficou de mimimi e era amiga de todo mundo, independente da religião. As católicas eram Kesse, Shannon e Robin, sendo a última a mais xarope. Enfim, Kesse foi a única que não tomou o gongo da Elyse na entrevista. Se Elyse gosta, eu também. Ela era meiga, mas sabia dançar a dança da garrafa. Era simplesmente comédia demais. Acho também que foi nessa época que as meninas fizeram a viagem para a França, Paris. Elyse foi esnobe porque já conhecia Paris, mas ela pode.
Depois se seguiu a saída de Robin (graças a Deus!). Sem trocadilhos. Nude shoot with diamonds, man. Mr. Jay previu a babaquice toda de Robin e Shannon, mas pela primeira vez (que cedo em ANTM) duas participantes se negam a participar da sessão de fotos. Tudo bem que elas iam sair peladas, mas gente, é uma competição. Devemos esperar de tudo. O problema foi que Robin shook her boobies at Mr. Jay e Tyra viu! Logo, seu argumento ficou fraco. Fora isso ela ficou puta por dormir no chão (foi um sorteio e tipo, ela se ferrou...). O fato é que Robin foi um pain in the ass through the entire competition. E apesar de ser uma plus-size velha e bonitona, não conseguiu a simpatia de mais ninguém fora Kimora Lee Simmons, jurada de ANTM na data. Nesse photoshoot eu percebi que a Adrianne ainda tava na competição. Ela nunca me chamou a atenção, bem... eu só gostava que ela era totally ghetto-like, mas a foto com os diamantes foi demais!
Depois, o que veio a ser a primeira decepção com eliminadas. Elyse.
Apesar de toda a simpatia de Janice, Kimora (bitch...) achava Elyse magra demais. Enfim, o maior erro de Elyse foi saber que ela era muito boa, e que conseguia tudo com o pé nas costas. Ela se tornou um pouco arrogante com o decorrer da competição e isso com exceção do fato de que ela assumiu que se não ganhasse, seria muito provável que voltasse para a faculdade de medicina. Elyse "I wanna be America's Next Top Model because I deserve fame and fortune", "I don't think it's right to say that you deserve to win this competition because modeling isn't a basic human right" entre outros foi eliminada da competição. Não por falta de capacidade, mas falta de humildade e vontade perante os juízes e por ser too high fashion. Sua saída entretanto não aparentava mágoas. Ela beijou Adrianne, que no final se tornou sua companheira por terem as duas mais em comum do que o resto da casa e Shannon, sua mais recente "amizade" no programa, visto que com a saída de Robin, Shannon conseguiu se soltar mais e se comunicar livremente. No final, Tyra disse que tinha eliminado a participante por ter sido arrogante, e em seu testemunho final, Elyse admite que ela poderia estar certa. Das modelos do Cycle 1, Elyse foi a que teve mais sucesso, sendo considerado o rosto de 2005 na Ásia, onde ela foi trabalhar depois do programa. Além disso, deu um toma Tyra ao participar do comercial da câmera Cybershot, da Sony.
Formou-se o TOP 2: Shannon e Adrianne.
Com isso o desfile final.
Shannon era a escolha de Janice. Apesar de seu sorriso-eu-tenho-35-dentes, ela conseguiu conquistar os jurados por ser doce, engraçada.
Os contras da loira eram que, por ser muito inexperiente, ela não tinha a capacidade de ser sexy. Entenda o inexperiente na área. Ela se assumiu virgem no programa e deve um date com um modelo cristão que fez parte do photoshoot da Wonderbra. Ela ficou super feliz porque ela tinha aquelas fichas, tipos as da Todateen sobre o cara, ela pensava que o cara era um máximo. Acho que não era tudo isso. Na época eu achava ela chata, mas no fim acabei concluindo que era a presença da Robin, que acabou se tornando uma mãe meio reguladora durante o programa.
Do outro lado do TOP 2, Adrianne. Com sua fala arrastada e força de vontade.
Adrianne parecia querer ser ANTM mais do que respirar. E por isso, na final acabei torcendo para ela e porque ela era amiga da Elyse (risos).
Bem, eu tava esperando a Tyra falar pegadinha do Sérgio Mallandro, ANTM is Elyse, but that didn't happen.
Adrianne, apesar da ghettoness, parecia passar em seu olhar mais experiência, e por isso poderia ser mais relacionável.
Por isso, com essas justificativas, acabou ganhando o primeiro título de ANTM e sendo a original, de certa forma.
Depois do fim do programa, creio que o combinado não foi cumprido, causando um atrito entre Tyra Banks e Adrianne Curry, o que resultou no fato de Tyra sempre ignorar a vitória da participante na primeira temporada do reality show. Shannon, em contrapartida, apareceu algumas vezes em ciclos seguintes, e foi citada também no último. Creio que Tyra guarde um carinho por ela, e um certo arrependimento por não tê-la nomeado a sua America's next top model.

Lembrei...

"You're beautiful, that's for sure... you'll never ever fade, you're lovely, but it's not for sure... I won't ever taste.
And though my love is rare, though my love is true...
I'm like a bird, I'll only fly away... I don't know where my soul is, I don't know where my home is... (and baby all I need for you to know is).
I'm like a bird, I'll only fly away... I don't know where my soul is, I don't know where my home is...
All I need for you to know is your faith in me brings me to tears, even after all these years... And it pains me so much to tell that you don't know me that way.
And though my love is rare, and though my love is true...
I'm like a bird, I'll only fly away... I don't know where my soul is, I don't know where my home is... (and baby all I need for you to know is).
I'm like a bird, I'll only fly away... I don't know where my soul is, I don't know where my home is...
It's not that I wanna say goodbye, it's just that everytime you try to tell me, me that you love me...
Each and everysingle day I know I'm going to have to eventually give you away...
And though my love is rare, and though my love is true...
Hey, I'm just scared that we may fall through"
(I'm like a bird - Nelly Furtado)
"He said I was finally the husband, that most the time I wasn't, and I became a friend a friend would like to have, and all of a sudden going fishing, wasn't such an imposition, and I went three times that year I lost my dad. Well, I finally read the good book, and I took a good long hard look at what I'd do if I could do it all again. And then I went skydiving, I went rocky mountain climbing, I went two point seven seconds on a bull named Fu Man Shu. And I loved deeper, and I spoke sweeter, and I gave forgiveness I'd been denying. And he said some day I hope you get the chance to live like you were dying. Like tomorrow was the end, and you got eternity to think about what to do with it, what should you do with it. What can I do with it? What would I do with it? Skydiving... I went rocky mountain climbing, I went two point seven seconds on a bull named Fu Man Chu, and man I loved deeper, and I spoke sweeter, and I watched an eagle as it was flying. And he said some day I hope you get the chance to live like you were dying"
(Live like you were dying - Tim McGraw)
"Another day has almost come and gone. Can't imagine what else could wrong... sometimes I’d like to hide away somewhere and lock the door, a single battle lost but not the war... 'Cause tomorrow’s another day, and I’m thirsty anyway, so bring on the rain...
It’s almost like the hard times circle 'round, a couple drops and they all start coming down... yeah, I might feel defeated, I might hang my head, I might be barely breathing - but I’m not dead...
Tomorrow’s another day, and I’m thirsty anyway, so bring on the rain...
I'm not gonna let it get me down, I’m not gonna cry and I’m not gonna lose any sleep tonight..."
(Bring on the rain - Jo Dee Messina and Tim McGraw)

O passatempo

Depois de três posts, acho que eu vou conseguir escrever isso!
Há muito tempo, eu tentei escrever uma história, mas ela era muito confusa, e lembrava um pouco da novela mutantes (influência de animes).
Enfim... pensei por esses dias em tentar reescrever (do começo mesmo) tudo. Porque eu tinha tantas idéias na época (se bem que hoje elas existem todas) que eu fiquei muito confusa e acabei desistindo de escrever.
Bem, isso e porque ninguém lia. Eu tinha vergonha de mostrar isso para as pessoas. Fora a criadora da Meg. Ela era bacana demais para me zuar. E mais futuramente eu descobri que tinha um amigo que escrevia, mas as pessoas falavam baboseirinhas engraçadas para ele. Decidi que a palavra era de prata e o silêncio era de ouro.
Decidi que o espaço vai ser usado para me indignar contra America's next top model também! Podem rir. Eu gosto do programa pelas meninas e pelas fotos, mas ultimamente, mais pelas escolhas malucas de Tyra Banks. Primeiramente, vou apresentar o que eu curto mais nos cycles. Nada mais justo!
Acho que vou colar músicas por aqui também... eu gosto bastante disso.
Vou tentar deixar o blog mais bonito, sabe. Só reclamação e tristeza também carregam o espaço de más energias. Se bem que as energias não são más, depois que eu escrevo aqui eu me sinto nova.
Vou colocar uns toques de astrologia, mas vou colar o que diz respeito a mim (lembrem: leão!), mas não por egocentrismo máximo. Por receio de entrar em âmbitos que não são meus. A idéia do blog é auto-análise.
Eu queria ler mais livros, mas por enquanto tá difícil. A cabeça chega pesada para casa, quando eu chego quero desanuviar, não aprofundar, mas acho que vou ter mais tempo (mesmo com a agenda um teco mais apertada) e vou ter que criar coragem.
Começo bem logo!

Flutuando no mar...

Depois de dois posts enormes, mais esse. Não sei qual vai ser o "peso". Eu nunca sei. Eu começo a escrever, termino e aperto publicar.
Eu queria falar um pouco de televisão, música e pensamentos.
Queria pedir desculpas pela irregularidade dos meus posts. Eu nem sempre posto quando quero (o blogger não aguentaria!!).
Eu quero ser leve, etérea.
Agora eu quero ter um momento leve e etéreo.
Provavelmente eu postarei mais vezes. Aliás... durante esse ano eu postei mais vezes. Acho que eu tinha mais a dizer.
Vou tentar fazer do blog um blog. Agora.
Eu conversei com meus pais hoje e foi muito bom.
Ah, quem eu estou enganando! Eu não consigo escrever de cotidiano, mas eu realmente conversei com meus pais e foi muito bom. Descobri que tudo bem estar confusa hoje.
Esses dias descobri que uma amiga minha vai fazer intercâmbio por seis meses. Vou sentir muitas saudades dela, mas ela está tão animada que eu vou ficar quieta, mesmo porque algo me diz que ela não sabe que a falta dela vai me pesar, então ela ia achar meio estranho se eu falasse alguma coisa.
Agora eu estou sendo criança, porque eu preciso ser criança. Nesse momento eu preciso criançar e daqui a cinco minutos eu volto a ter a ânsia pelo futuro que eu sonho sempre.
Acho que deu para perceber pelos posts que ando um pouco magoada com algumas coisas, mas eu comecei a trabalhar um pouquinho também, acho que isso tira o tédio mortal em que eu me encontrei por uns dias. Se eu não melhorar, vai dar para perceber.
Sabe... eu me magoo porque tenho que explicar minuciosamente todas as minhas razões e eu acredito em uma vida mais natural, também. Comecei a questionar tudo de uns dias para cá. Principalmente meus valores. Por valores, entenda algo como meus princípios e o meu valor como pessoa para os outros, mesmo.
Tô me sentindo meio sozinha. Solidão é triste.
Ontem eu dei uma volta na cidade sozinha. Meus pais ficaram meio ressabiados. Por que você vai? Por que você vai sozinha? Só que foram muito compreensivos, acho que perceberam o tamanho da chateação: vai e toma cuidado. Assim que pisei em casa: por que você está triste?
Não era tristeza só. É um sentimento de impotência. Quando você se sente misunderstood pela galera. Parece que eu sou o monstrão, sabe? A eternamente chata e que só pensa nela mesma.
Não é a fase emo da vida.
É uma fase estranha. Parece que eu tô montada na vaca do Twister or something. Só que eu também não culpo os outros por pensarem essas coisas, porque eu escondo muitas coisas deles, também. Não coisas grandes, mas quando eles me perguntam se eu tô bem, eu digo que sim. Eles parecem acreditar, se bem que também eles têm as coisas deles, né? Não faz sentido eu fazer aquela senhora diarréia verbal! E outra... acho que eles não iam entender muito bem. Eu me sinto diferente deles, na verdade, eu devo ser.
Eu não quero reclamar sempre, eu me sinto mal por isso, mas eu tô fazendo em um lugar que eu sei que também eles não vão se incomodar e ler, os posts são muito grandes. Amanhã eu leio isso. Entenda amanhã por algum dia no futuro, tá? Amanhã eu fico a maior parte do dia sem computador.
Acho que eu tô em uma crise de identidade. Eu não sei quem sou eu e em que lugar me situo em relação aos outros. Sabe quando você se sente uma pessoa cômoda? Tá ali, quando encher o saco vão se livrar. Eu penso assim. Tem vezes que eu penso em abandonar todo mundo, mas daí eu paro e penso: é meio covarde isso. Não que eu ache que eu ia magoar muito as pessoas com isso não, viu? Acho que elas tão mais para: quer ir? Vai. Não volta dessa vez.
Pois é, não seria a primeira vez também. Eles se disseram chateados e bravos comigo daquela vez. Eu não vi direito, então eu não sei se isso é verdade.
Sabe a história da torneira, né? Abriu. Se eu não achar o ralo...
Daí eu fico aqui pensando se eu deveria conversar com as pessoas, mas daí eu penso de novo em resposta... você não é ninguém para querer saber esse tipo de informação dos outros. Mesmo que eu esteja envolvida, e se a pessoa não quiser me dizer? Ou pior, se ela me disser: some!
Se bem que... será que eu já não estou sumindo? Convenhamos... ano que vem tá batendo na porta e eu tô topando até passeio de balão. Ou será que eu enlouqueci e ninguém percebeu direito?
Acho que o louco não tem consciência plena de que a loucura é uma possibilidade! Ufa! Tô salva.
Só tenho medo de ficar triste como fiquei daquela vez, porque eu quase fiz besteira. Das grandes.
Bem, acho que não vão deixar eu chegar perto de novo, não. Acho que eu também não quero chegar lá, mas espero que eu consiga sair dessa.
Eu sei que tô com medo. Tá tudo voltando. As lembranças e as vontades.
Tá tarde pra voltar e cedo pra seguir. Durmo essa noite por aqui...

sábado, 12 de julho de 2008

O leão mais prolixo de quase toda história

http://www.youtube.com/watch?v=vX07j9SDFcc


Antes de começar qualquer texto, achei melhor utilizar outros recursos. Afinal, é a internet, o youtube é bem difundido hoje em dia.
Antes de prosseguir, aviso: se você procura humor, aproveite o link e acesse um vídeo do Rafinha Bastos, do CQC, do Danilo Gentili, ou aproveite o Timão e o Pumba. O post não será divertido, muito menos cômico.
E dessa vez eu não irei pedir desculpas se parecer ofensiva, visto que o post não tem como finalidade ofender quem quer que seja.
Observe a figura ao lado.
A pose, a austeridade do leão.
O olhar.
Fachada forte, não?
Parece mesmo capaz de agüentar tudo. Parece mesmo possível que ele seja invencível. Ele não é o maior, ou o mais ágil, mas é o rei da selva. O leão.
O leão representa o quinto signo do zodíaco, o homônimo signo de Leão.
O blog é pessoal, não é? Imagine então porque hoje ele vai falar de Leão?
Bem... mais um recurso visual, preste atenção no símbolo que representa o Sol (que por sinal é o planeta regente de Leão).

Se está difícil de entender... veja que a bolinha se localiza no signo de Leão. Esse mapa é o meu. Então eu vou falar de Leão com conhecimento de causa. Visto que é pessoal, não seria nem justo vocês esperarem que eu fosse de Sagitário, Libra, Aquário, Virgem ou Câncer (signo que corre na presente data).
Leoninos são tidos como egoístas, exagerado, autoritário, teimoso. Quer saber? Assim todos me ofendem. Se alguém reparou a Lua leonina ali, percebam que eu fico muito magoada quando falam assim do Leão.
O leonino é egocêntrico, eu admito isso, sim. Não egocêntrico em um sentido de que só quer saber dele, mas em um sentido de que ele precisa ter um grande conhecimento de si mesmo. O leonino é o próprio material de estudo para comportamento social. E falando como típica leonina... é mais justo até (olha o ascendente em Libra!) que eu me use para entender os outros. Só eu sinto o que eu sinto. Só eu sei como dói ficar chateada, porque eu sei como eu me sinto. Sim, eu eu eu. Se eu não me entendo, eu não entendo você. E que seja uma espécie de conhecimento intuitivo.
Exagerada? Sou sim. Se eu não exagero as coisas, ninguém entende. A não ser que você fale: você me incomoda, me deixa chateada, tô chorando litros por sua causa, vou virar emo, tem gente que não entende. Diz que entende. Não entende porcaria nenhuma. Escândalos chamam a atenção, leoninos sabem fazer escândalos e usufruem de possuírem uma certa veia dramática. E depois são chamados de dramáticos. "Você está fazendo tempestade em copo d'água"! E eu pergunto... se eu não fizer, você vai entender como eu me sinto? Não.
Autoritário? Não me considero autoritária, mas eu tenho certa consciência da minha identidade, e demorou algum tempo até eu parar de deixar todo mundo pisar na minha cabeça como se eu fosse o chapéu do Seu Madruga (quem já viu Chaves, sabe como isso funciona). Eu não mudo minha opinião porque você tem a sua, eu respeito sua opinião e fico em um aguardo (sem sentido muitas vezes) de que as duas consigam coexistir em um respeito mútuo. Agora, se querem me chamar de mandona, autoritária, louca e dona da verdade, problema dos outros. Eu, pessoalmente, nunca obriguei ninguém a dividir minha opinião. É até melhor assim. Eu fico sendo especial de opinião única. Bem leonina, mesmo. Chamam os leoninos de mandões. Eu não mando em ninguém, o problema é: ninguém manda em mim. Eu faço o que eu quero, e admito isso. Só que sabe qual é a diferença? Eu quero que sempre todos se dêem bem, aquela porcaria de propaganda de Qualy. Eu detesto quando as pessoas brigam, logo, eu faço o que eu posso para agradar os outros. Por quê? Porque eu gosto de ver todo mundo feliz! É idiota? É. É tremendamente idiota, mas melhora o ambiente, não? Então ninguém manda em mim, eu faço o que quero, mas quero que todo mundo fique bem, e acho que acabo me empolgando e parecendo realmente autoritária. Pela harmonia da casa. Só que pela harmonia da casa quem se torna o pé no saco? O Leão da história. O mandão e egoísta. Tá bravo porque não fizeram sua vontade.

A verdade, bem da verdade é que o leonino se faz de forte. Ele sofre sozinho. Ele chora no escuro. Ele tem conflitos internos que nunca ninguém vai saber. Nem o conselheiro fiel dele.

O Leão tem síndrome de rei. Ele tem que se mostrar bem. Ninguém desconfia do quanto dói para ele a imagem de durão, porque o carinho que ele precisa, geralmente não é dado. Ele abre mão desse carinho para passar uma imagem austera, para manter o otimismo de que realmente tudo vai melhorar.

E daí existem leoninos e leoninos. Existem os arrogantes, que se mostram melhores que todo mundo por não terem auto-estima e os outros que aparentam aquela auto-confiança. É tudo balela. Conhecimento de causa, minha gente. O leonino se sente responsável pelo que fez e que não fez. Se um meteoro cair do outro lado do mundo, é capaz que ele se sinta culpado, por pensar que talvez, se ele agisse diferente, nada daquilo estivesse acontecendo. Eu conheço uma variedade grande de leoninos: o arrogante, o estrela, o abnegado e até mesmo aqueles que são críticos e ficam na deles. Qual tipo sou eu? Depende do dia, creio que sou todos eles. O leão é fixo, mas eu sou volátil. Por se sentir tão responsável, puxar culpas para si e essas coisas todas, e outros motivos mais, o leonino deve ser entre os caras, o com a mais baixa auto-estima. Pense o que quiser. Aqui não é blog de marketing pessoal, mas é de sinceridade. Quer marketing? O google tem.

O leonino com o tempo se torna um cara cansado, ou um cara exibido. O chatão que gosta de tirar vantagem e se mostrar melhor, ou aquele que se cansou das outras pessoas e quer ser tão independente. Independente porque daí ele não depende de ninguém. Não sente falta do carinho de ninguém e de nenhum conselho. Ele faz o que quer, evitando, quando pode, pisar no calo dos outros. Conceito social do leonino: o pavão? Não sei. Quando saio, não chamo a atenção de ninguém, não que eu perceba. Centro das atenções? Acredito que não. Por vezes duvido que alguém realmente escute e compreenda certas coisas que eu digo. Os "ah, é mesmo?", "quando?", "você não me falou nada disso!" entregam a falta de atenção. Daí chega aquele momento, no qual você prefere ficar quieta mesmo, porque amanhã ninguém vai lembrar da piada que você contou ou daquele acontecimento. As pessoas lembram talvez da opinião delas sobre o assunto, mas da sua, creio que não. Comecei a usar isso a meu favor, porque eu mudo de opinião de cinco em cinco segundos, mas como ninguém se lembra do que eu estava pensando, ninguém percebe, certo?

A vantagem de ser leonina. Ninguém realmente percebe minhas intenções. Daí você poderia me dizer "oh, que pena, mesmo quando suas intenções são boas!" e eu penso que mesmo assim não. Eu percebo que o que elas pensam ser o que eu penso, é realmente o que elas pensam, ou fariam na minha situação. Se alguém me chama de falsa e exagerada, eu percebo que são características que essa própria pessoa tem e enxerga em mim. São defeitos que ela sabe que tem, mesmo inconscientemente, mas ela só se sente irritada quando enxerga isso fora dela.

Já fui taxada de egoísta também. Egoísta é aquele que só quer se dar bem, e não se importa com os outros. Eu sou uma pessoa que se sacrificaria pelos outros, mas é até bom que nem todos saibam, por auto-proteção, acho o chapéu do Madruguinha muito legal, mas não desejo passar por ele. Poucas pessoas sabem disso. O leão-pai sabe. Ele entende. Ele simpatiza e sofre quando eu sofro. E é por isso que eu detesto chorar na frente do papai. Ele se chateia porque eu estou chateada. Acho que se ele pudesse, bem... melhor não completar, mas algumas pessoas do meu círculo social estariam com algumas marcas das garras dele. O fato é que ser egoísta implica em uma série de coisas que eu não sou. E o fato é que ninguém realmente sabe porque eu não sou egoísta. Eu não saio falando a quantidade de fatores contra que eu "passei", por assim dizer, para que a pessoa recebesse o que eu estou dando. Sejam meus ouvidos, minha companhia, um presente, ou uma chance. É horrível dizer para alguém: economizei por três meses para comprar seu presente, porque, por educação ao menos, ela se sente obrigada a gostar e a ficar com algo que ela realmente não gostaria. Ela fica porque você se esfolou por aquilo. Da mesma forma que é horrível dizer: eu estou com uma dor de cabeça maldita, mas hoje eu vou sair, porque percebo que você precisa de companhia. A pessoa vai se sentir culpada por uma escolha sua, certo? Só que ao mesmo tempo, ela não percebe as broncas que você toma e as coisas que você deixa de fazer por ela. Você é taxado de egoísta, mas na verdade, está sendo mesmo?



Só que um dia, em um belo dia, o leonino vira fera. Ele fica de saco cheio de todo mundo. Dos amigos, da família e da sociedade. E todo mundo pensa... é charme, é doce, ele só quer aparecer. Convenhamos que se todos os leoninos gostassem de aparecer teríamos uma enorme quantidade de artistas nascidos entre 22 de julho e 22 de agosto (opa, mas peraí, não temos?). A raiva vira exibicionismo porque é mais bonito e clássico exibir assim, mas tenha certeza que quando tudo isso atingir o ápice, você vai se deparar com um animal insandecido, louco, com olhos de dar medo, salivando, respirando ofegante, atirando todos os objetos para todos os lados, avançando como pode e não pode. Seja leonino homem, mulher, criança, idoso. Uma vez leão, sempre leão. É como um código de honra. Na verdade é um código de conduta.

Só que como todo grupo de bons, existe o grupo de ruins, e o grupo de indecisos. E já peço perdão. É o signo que simboliza as melhores qualidades. Quem tem um amigo leonino, tem um amigo acima de tudo fiel e dedicado, pelo menos para a maioria das vezes. Só que aquele que se decepciona em série com as pessoas se torna amargo, se torna egoísta. Acredito que no mundo pelo menos existam 85% de pessoas que sejam de boa índole. Só que nem todo mundo é solidário todo dia. Ser bom demais cansa. Para ser bom e honesto, você precisa ser cegamente obstinado. Quem é? Eu não sei. Para falar de bondade tem que entender de coração e hoje em dia quem entende? Quem está disposto a ir além da bolha? A bolha só serve como válvula de escape, não de entrada. A bolha só é estourada quando existem problemas a serem expelidos. A verdade é que o leonino não fica bravo, ele fica triste, ele fica irado. Não tem meio termo para nós. Ou é ou não é. Ou eu gosto de você ou não. De qualquer forma, você vai saber. E deve ser por isso o trígono com os igualmente sinceros arianos e os igualmente otimistas e exagerados sagitarianos.
Leonino de coração odeia gente mesquinha e detesta os outros leoninos arrogantes. Rei que é rei ama seu reino. Trata bem dele. Luta por seu povo, não o diminui. São os melhores do zodíaco, e os piores também. São teimosos sim, não mudam de opinião e adoram bater o pé, mas se você não concordar com ele, ele vai refletir.
Em O pequeno príncipe o rei indaga ao pequeno a respeito de que se ele exigisse demais dos seus súbitos, quem estaria errado, se seria ele ou se seriam os súditos e ele mostra que ele estaria errado, pois ele deve conhecer o limite de seu povo, não pode deixar o povo em perigo. Quem é pelo menos um pouco leonino entende disso. O leonino não cobra das pessoas amor, não pede nada, nada além de lealdade e sinceridade. O problema é que tais valores se tornaram altamente valorizados. Estamos em um mundo de mentirosos, de farsantes. Não uma mentira para se proteger, mas para se beneficiar. Um leonino decepcionado é um leonino ruim. É um homem triste, uma mulher infeliz. Ele perde a fé nas pessoas e no mundo. Ele vive "fora de órbita". Ele pega emprestado de Câncer a mania de se ater ao passado.
Creio que devemos salvar os leões. Cultivar a selva. O animal precisa de carinho de vez em quando, mas se você não fizer carinho, seja compreensivo. Entenda que ele tem raiva quando você não o entende, não se enraiveça quando ele não contar suas desgraças. Leões gostam de contar coisas bonitas, quer ser forte. Quem viu um leão chorando de verdade sabe, que essa cena é como um dia em o Sol mesmo escureceu. É uma chama apagada. É uma morte de tristeza. Porque o bicho, coitado, sente as dores do inferno e não fala. Se ele diz, minha cabeça dói, é porque dói demais, se disser que está triste, dê uma bolinha para ele se distrair, porque ele está MUITO triste. Chateação para leão não é jogo de futebol. É caso de vida ou morte. Um leão triste sempre acha que a tristeza vai durar até, mas ele não fala. Ele nem fala que está triste, ele se diz "muito puto", ele parece irado, mas está triste. O ganido de raiva do leonino é cheio de dor e tristeza, não tem separação. Agora se o leão está feliz, vai parecer que o passeio no parquinho da esquina foi uma epopéia digna. Com tremendos navios, com raivosos mares e com amigos reis do mar. É um bichinho por vezes muito exagerado, mas engraçado. É uma graça talvez até charmosa que só outro leão igual a ele consiga entender.
Agora explicando o porquê das fotos d'O Rei Leão para aqueles que ainda não entenderam. Quer saber? Não vou explicar, não! Pense no Mufasa, no Simba e no Scar. No que eles representam no filme. Um dia vai dar para entender.
Para aqueles que gostaram das fotos, fiquem a vontade. Para os donos da foto, eu tirei de uma pesquisa no google imagens com as seguintes palavras: "leão", "scar rei leão", "rei leão".
Acho que consegui cumprir mais uma das tarefas de inferno astral. Prometo que o próximo post será mais divertido!

Por que "As histórias de Meaghan"?

Porque se faziam necessárias as mudanças.
Tenho outros projetos, outros sonhos e outras decepções.
A verdade é que pensei seriamente em excluir o diário eletrônico, mas seria injusto. É muito fácil apagar pessoas, se esquecer de compromissos. O compromisso aqui é desabafar. E o diário sempre foi uma espécie de melhor amigo.
Ele não lê, ele não me critica, mas serve de espelho. Auxilia na árdua tarefa de olhar para trás e melhorar.
Então apagar por quê?
Não sei. Existem momentos em minha vida quando penso que é melhor simplesmente desistir, sumir e começar de novo.
Então por que não apagar?
Sem querer plagiar a idéia de Joanne Rowling, mas existem momentos em que devemos fazer o que é certo, e não o que é mais fácil.
É mais fácil esquecer que eu tive momentos ruins, é mais honrado dizer que eu sou corajosa e eu não tenho meus problemas.
Eu sou uma autora anônima, mas não a sou. Eu sei que existe a possibilidade de que esteja alguém conhecido lendo tudo aquilo que escrevo, mas não sei se esse ou esses "alguéns" realmente lêem o diário. Pessoalmente? Creio que não. Há hobbies melhores.
Quanto aos leitores anônimos, bem... eu também creio que eles não existam. A idéia inicial de "Sol, chuva, lua e tempestade" era ser um diário eletrônico no qual eu pudesse escrever quando houvesse tempo e necessidade.
Não sou a pessoa mais ocupada do mundo, mas eu gosto de variar minhas leituras e hábitos e gosto de cultivá-los todos. Tempo é o reagente limitante da reação. Necessidade? Não. Eu preciso conversar com alguém, e preciso de alguém disposto a ouvir a verdade. O alguém? O diário.
Então, você é socialmente uma "loba solitária"?
Não, mas não acredito que as pessoas estejam interessadas em ouvir opiniões em um geral. Elas querem concordâncias. E eu não acho certo em agir como o lado ruim da consciência. Se tem algo errado, pode até ser certo tentar avisar, mas não tentar corrigir. Creio que o próximo post deixe bem claro o aspecto identidade e sociedade.
O blog se tratará de histórias?
Não. O blog tem a mesma função, mas creio que "as histórias de meaghan" seja um título mais apropriado a todas as facetas de autora. Meaghan foi um personagem criado há muito tempo, talvez 10 ou 12 anos (começo da adolescência), baseado em mim. Mês que vem completo 22 anos, a Meaghan na história em que foi enredada passou pelo período que acabei de passar, entre 18 e 21.
Quem é realmente Meaghan?
Meg, como eu e a criadora dela preferimos ou preferíamos nos referir, é um personagem de uma espécie de anime. Não sei se alguém já viu Sailor Moon, mas a idéia é essa. A Meaghan tinha uma aparência muito familiar à de Sailor Marte. A criadora de Meaghan era uma amiga minha da qual me distanciei devido ao destino. Era uma amiga muito querida e é uma pessoa de quem guardo muito boas lembranças, mas é alguém que creio que nunca lerá o blog, pois ela deve achar que não escrevo mais, assim como muitos pensam devido às minhas escolhas acadêmicas.
Enfim, como o parágrafo de cima falou mais da minha relação com a criadora da Meg, devo relatar sobre a Meg no que estou escrevendo. Meg tinha um irmão, Sam, um grupo de amigos, Nic, Ingrid (que era o personagem usado pela autora para se inserir na história), Melanie, Dylan, Vic e alguns outros. Não me culpem por não lembrar da história na íntegra, leitores. Nunca tive uma cópia das histórias de Meaghan (penso eu por não ser viável, visto que foram usados aproximadamente quatro cadernos de 96 folhas). Meg não era um personagem principal, a história possuía inúmeros personagens principais, assim como Sailor Moon, que em sua primeira temporada apresentou 7 personagens principais (Serena, Amy, Raye, Lita e Mina, Lua e Artemis), sendo elas as próprias Sailors, apesar de que com o passar da série, Sailor Moon acabou se concentrando na história de Serena e sua vida passada, mas resumindo Meg era um dos personagens principais com uma veia cômica.
A veia cômica de Meg, e talvez as amizades que comecei a formar na época de sua criação acabaram por definir a minha própria identidade. Não que eu tenha me esforçado para isso, mas Meg era uma projeção mais adulta de mim mesma, que acabou por retratar bem a imagem que possuo frente aos outros, mas também consegue penetrar um pouco mais nas perturbações internas que passam desapercebidas em um cotidiano frívolo.
Meg era uma garota engraçada, inteligente e inspirava lealdade. Não leitor, eu não estou nem um pouco perto de ser Meg, mas se eu pudesse escolher alguém para ser, provavelmente escolheria a personagem. Eu não sou inteligente, apenas esforçada. E eu não inspiro lealdade, na realidade, a lealdade parte muitas vezes de mim. Engraçada? Talvez um humor ácido, a la Chandler Bing (Friends), Lorelai Gilmore (Gilmore Girls) e irmãs Halliwell (Prue, Piper, Phoebe e Paige - Charmed), mas não me considero engraçada, me considero sarcástica.
Então eu pareço ser Meg?
Opa, agora você me pegou. Não sei. Creio que eu passo a imagem dela. Eu pareço muito forte e confiante, mas eu não sou nada disso, de novo, creio que o post seguinte conseguirá retratar melhor as coisas.
E Sol, Chuva, Lua e Tempestade?
Eles existem, mas eles são fazem parte de uma espécie de clã, uma tribo. Acho que as pessoas têm muitas facetas, se é que consigo me fazer entender. Depende de humor, depende de solidão, depende da posição do Sol em relação ao céu. Somos capazes de sermos camaleões, com Sol, Chuva, Lua e Tempestade, eu assumi esse fato. Eles não são independentes entre si, eles são complementares, eles se somam e resultam em mim, na imagem que eu tenho de mim mesma e na imagem que os outros têm de mim. São três coisas completamente diferentes e eu penso que isso acontece com todo mundo, faz parte do que se chama de profundidade psicológica.
Eu sempre escrevi, bem, não sempre, mas desde os 8 anos, assim como canto como hobbie desde os 9. E sempre fiz isso em momentos de solidão. Assim eu me sinto bem, natural, autêntica. Com os outros eu tento uma certa graça e um certo charme, visto que penso ter uma presença um pouco pesada (até mesmo físicamente falando!). Então é perfeitamente clara a razão de o blog ter a veia anônima. Eu faço essas coisas quando estou sozinha. Quando leio estou sozinha, quando canto também estou sozinha, ou me sinto assim. Canto, não cantarolo. Eu canto alto demais, borderline screaming, se é que consigo me fazer entender. Quando cantarolo apenas assumo que é necessário cantar, mas não aceitável.
Como eu não deleguei o blog a ninguém, e seria um absurdo fazer isso, Sol, Chuva, Lua e Tempestade continuam a permear no diário. Eles são a essência de tudo.
Por que mudar?
É necessário lidar com o velho, para crescer e se transformar em algo novo. O passado (Meg) faz parte do presente. O cor preta representa ausência de cor, o que pode levar a um entendimento de ausência de vida e de sentimento. Eu baseio a minha própria existência nessas coisas. A cor preta estava simbolizando um luto. Luto porque mudanças envolvem mortes. Foi a morte da minha adolescência. Eu aproveitei bem, para os meus parâmetros, todos os momentos. Eu me apaixonei, me decepcionei, fiz amigos, perdi alguns, conheci pessoas e lugares maravilhosos que me fizeram crescer, mas tudo isso de certa forma, morreu.
Eu ainda não fiz 22 anos, mas isso é uma questão de dias, sabe. 21 representa a maioridade, 22 não representa nada.
Por que morreu?
Eu passei por experiências que me fizeram enxergar tudo por uma ótica diferente. O crescimento adolescente morreu. Meus amigos, os lugares, as lembranças e meus amores continuam intactos, mas a visão que eu tenho deles hoje é muito distante daquela que eu tive um dia.
Aos 21 eu passei pelas piores experiências. Eu tive que olhar para dentro, para enxergar lá fora. De novo, o próximo post, meio tempestadelike, vai mostrar algumas coisas.
A minha infância não foi típicamente feliz. Eu sempre fui confusa e "de deixar" outros confusos. Durante a adolescência eu questionei, e depois eu entendi.
Eu fui uma criança, na maioria dos momentos, solitária. Eu guardo poucas memórias dos tempos de escola, e muitas das férias! Por quê? Era algo que eu precisava saber e entender para evoluir. Não creio que entendi completamente, mas aceitei.
Sendo uma criança só, eu sempre tive dó de outras que eram tão sós quanto eu. É difícil ver sua tristeza refletida nos olhos de alguém. Foi a época que eu mais passei por isso. Eu era uma criança não-verbal, não gostava de socializar, e por isso eu tive muitos colegas, mas nenhum amigo mesmo. Foi a época também quando ocorreu a morte da minha avó, que de todas as que tive um maior contato, foi a pior. Eu choro até hoje quando lembro da minha avó, por ser um misto de raiva por não ter conhecido a pessoa maravilhosa que ela foi muito bem (ela morava muito longe e era muito difícil meu pai poder levar a família para visitar meus avós, eu vi minha avó duas vezes, quando tinha 1 ano e cinco anos depois), tristeza por não ter uma avó para conversar e abraçar e um sentimento de incompletabilidade, que seria um neologismo meu. Quando você deixa de ter as experiências que quer, você se sente incompleto, não é mesmo?
Por ser uma criança só e não gostar das mesmas coisas que as outras, acabei por criar um mundo próprio e paralelo ao real e daí nasceu a vontade de escrever e de cantar.
Para se somar ao fato de ser diferente, eu era a "caçula da família" e me tiraram esse título. Na época, não gostei muito, mas a partir daí comecei a sentir uma necessidade de ser criança grande. De ser criança, mas de ser maior. Eu queria crescer para aprender mais e ensinar tudo isso.
Depois veio a adolescência, para equilibrar tudo aquilo que aconteceu na infância. Comecei a fazer amigos, a conhecer pessoas e olhar para os lugares, para as estradas.
Comecei a me conhecer, mas eu nunca me entendi muito bem, acho até que é por isso que eu escrevo. Para ler depois e pensar... nossa... entendi. As minhas melhores epifanias aconteceram quando eu estava lendo textos meus. Não porque eles são maravilhosos, bem escritos. Porque eu entendi algo de importante na hora de aplicar.
Acho que a palavra chave na infância foi identidade, na adolescência, confiança.
Quem é sozinho sabe do que eu estou falando. É muito difícil confiar nas pessoas. Contar seus pesadelos, seus sonhos. E isso acontece em decorrência da minha "síndrome da Távola Redonda". Eu idealizo. Eu sou idealista. Eu realmente acredito num mundo melhor. A realidade realmente consegue destruir isso. A realidade envolve uma profundidade psicológica que a idealidade não tem. A idealidade é um bonito castelo de areia, a realidade é uma onda no mar. São lindos os dois, mas não coexistem por muito tempo.
A realidade envolve erros de comunicação. Pessoas não entendem perfeitamente o que você pensa. Não entendem seus atos, nem intenções. Quem se magoa com isso? Você.
Então apenas concluindo o que deveria ter sido uma breve explicação.
Eu coloquei a cor branca para representar toda a vida que vem por aí.
Representa o medo do ano que vem por aí, as responsabilidades que eu quero assumir, os desejos realizados e por realizar, os amores que eu tenho, que eu tive, os que eu nunca vou ter, a esperança de ser cada vez melhor, de ser para os meus pais o que eles foram para mim, de algum dia ser uma boa amiga e companheira, a confusão permanente que se estabeleceu entre cabeça e coração, ações e habilidades, a intermitência da paixão pela vida.
Para representar o passado. Com suas desilusões e euforias.
Para representar a vida, como de fato ela é.