sexta-feira, 23 de maio de 2008

O monólogo conversa...

- Lua! Lua!!!! - gritava Sol incessantemente enquanto revirava alguns velhos livros.
- O que é? Qual é o grilo dessa vez? - respondia a Lua em tom sonhador.
- Grilo? Não tem grilo! O negócio é o seguinte, Lua! Você viu meu livro?
- Sol! Não mexo mais nas suas coisas... principalmente depois daquele...
- Daquele pequeno incidente, no qual o SENHOR jogou TODOS os cadernos da Lua pela janela! - completava Tempestade em seu usual tom irônico.
- Olha aqui, Tempestade, não começa! Eu só estou perguntando! Inocentemente, calmamente... - tentava prosseguir o Sol, ao mesmo tempo em que tentava lembrar alguns advérbios mais.
- Inquisitóriamente... ou seja lá como se fala... - entrava a Chuva no recinto.
- Vocês estão sempre contra mim! Qual o problema de vocês? - declamava o Sol, em tom altamente teatral e exagerado.
- Enfim, Lua... você viu o livro? - perguntava Tempestade, ao mesmo tempo em que desenhava algo em um pedaço de papel.
- Eu vi. - respondeu a Lua. - Eu vi sim, mas não peguei!
- Olha... sem querer interromper o teatro de todos vocês, mas... não é aquele ali em cima da mesa? - indagou a Chuva com o intuito de distrair os demais.
- Ah... não Chuva... não é... eu queria aquele que tem uma capa branca, com a lateral vermelha, que tem o mesmo nome da nova novela das seis... - contava o Sol, com um tom brando.
- Ah, mas tenha dó, cara! Eu... - irrompeu Tempestade.
- Não é aquele ali perto da janela? - interrompeu a Chuva novamente.
- Chuva! Pare com esses disparates! Não tem livro perto da janela! - tentava ralhar a Lua.
- Hã... gente... desencana... sabe o que é? - falava o Sol desajeitadamente - Eu emprestei esse livro para minha mãe!
- Então, Sol... você só está perdendo meu tempo! Com sua licença, eu vou dormir, que eu ganho mais! - bradava Tempestade enquanto se encaminhava até o quarto.
- Bem, Sol... vou voltar a estudar então. Tenho uns cinco resumos para essa semana, e pretendo terminar três hoje, para daí fazer mais dois amanhã e escrever algumas coisas no resto da semana. - despediu-se a Chuva.
- Bem, Lua... desculpe-me... - começou o Sol, arrependido.
- Tudo bem. Eu sei que às vezes me intrometo onde não devia... - consolava a Lua.
- Agradeço por estar sempre aí pra mim gata! - brincava o Sol.
- Pra você, sem grilos... estou sempre maior aí! - respondia a Lua.

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