"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria." (Charles Chaplin)
Além disso, é claro.
O que a declaração acima tem a ver com o estado de espírito não vem muito ao caso, no entanto, a afirmativa é verdadeira.
Teimamos em dizer verdades brincando.
Insistimos em nos expressarmos de diversas formas, mas nem sempre nossa platéia acredita.
As verdades que dizemos brincando estão nas entrelinhas da vida. Sentimos, pensamos, nos aliviamos, mas não causamos impacto fazendo uso dessa técnica.
Devíamos nos dar mais crédito. Não somente a nós mesmos, mas aos outros.
Da mesma forma em que teimamos em dizer verdades brincando, as pessoas insistem em não acreditar no que dizemos. Claro, verdade é um ponto de vista, mas são suas verdades que definem quem você é.
Logo, se insistimos em não acreditar nas verdades que nos dizem brincando, insistimos por conseqüência em não conhecer aquele que reside ao nosso lado. Seria isso prudente? Ou seria apenas mais seguro?
Afinal, quanto menos conhecemos alguém, menos nos envolvemos, e menor o risco de nos decepcionarmos. Entretanto me pego a perguntar. Será que a decepção não vale esse dito risco?
Enfim, deveriam acreditar mais nas verdades em que teimo dizer brincando.
Elas valem mil vezes mais que as verdades que digo seriamente.
Despeço-me.
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
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