sábado, 27 de janeiro de 2007

Carta ao desavisado

"Quando o coração está cheio, a boca transborda."
 
Querido João,
 
Por muito tempo tentei contar tudo aquilo que se passava comigo, mas você nunca quis escutar.
Não posso culpá-lo unicamente pela minha decepção. Talvez eu tenha errado também. Esperei demais de você, quando realmente não deveria.
Decido, porém no solene momento sair, tirar férias, ou semelhante.
Os últimos anos têm sido de caça, e eu cansei de ser presa.
Fugi de meus sentimentos, mas cada vez que fugia, eles me pegavam de surpresa, me fazendo sentir cada vez mais.
Passei tentando me convencer de que o que sentia não era real, mas a única ilusão no caso, era a que eu pregava a mim mesma logo depois de acordar.
Não questiono seu caráter, mesmo porque, não sou ninguém para fazê-lo.
Entretanto, através do presente bilhete despeço-me de você.
Não adianta discutir, você nunca admite estar errado.
Não adianta chorar, você não acredita sentimentos verdadeiros.
Não adianta contar a verdade, não para quem não necessita ou deseja enxergá-la.
Não adianta xingar, a histeria seria um desgaste completamente desnecessário e deselegante.
Adianta apenas notificá-lo, que estou indo embora.
Sem dramas.
Sem mentiras.
Sem gritos.
Assim, no meio da noite vou-me.
Pensando em nunca mais voltar.
 
Sinceramente,
 
Isabel.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Coincidências...

Existiria alguém por trás de nossos encontros, ou seria simplesmente coincidência?
Assim como ficarmos mais atentos a um chamado, ou pensar em alguém na mesma hora em que a pessoa está pensando em nós.
Não sei... mas é algo a se pensar... existem mesmo coincidências, ou foi tudo parte de um plano maior?
Não caberá a mim responder.
Cabe a você?

Nada a declarar

"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria." (Charles Chaplin)

Além disso, é claro.

O que a declaração acima tem a ver com o estado de espírito não vem muito ao caso, no entanto, a afirmativa é verdadeira.
Teimamos em dizer verdades brincando.
Insistimos em nos expressarmos de diversas formas, mas nem sempre nossa platéia acredita.
As verdades que dizemos brincando estão nas entrelinhas da vida. Sentimos, pensamos, nos aliviamos, mas não causamos impacto fazendo uso dessa técnica.
Devíamos nos dar mais crédito. Não somente a nós mesmos, mas aos outros.
Da mesma forma em que teimamos em dizer verdades brincando, as pessoas insistem em não acreditar no que dizemos. Claro, verdade é um ponto de vista, mas são suas verdades que definem quem você é.
Logo, se insistimos em não acreditar nas verdades que nos dizem brincando, insistimos por conseqüência em não conhecer aquele que reside ao nosso lado. Seria isso prudente? Ou seria apenas mais seguro?
Afinal, quanto menos conhecemos alguém, menos nos envolvemos, e menor o risco de nos decepcionarmos. Entretanto me pego a perguntar. Será que a decepção não vale esse dito risco?
Enfim, deveriam acreditar mais nas verdades em que teimo dizer brincando.
Elas valem mil vezes mais que as verdades que digo seriamente.

Despeço-me.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Se amanhã não for nada disso...

... caberá só a mim esquecer.

Não sei muito bem se acredito em um amor verdadeiro, mas devo ter a esperança de encontrá-lo, menciono o seguinte fato porque sou uma pessoa comum, e como todas as outras, vejo filmes que possuem aquele tão esperado final feliz.
Sim, o filme pode não ser tão bem produzido, ou ter os melhores atores escalados em seu elenco, mas toda vez que é assistido, deixa no ar aquela promessa de final feliz.
E eu pergunto... o que seria um final feliz?
O que seria o verdadeiro amor?
Talvez por ser alguém não tão novo, acabo por esperar respostas mais complicadas e ignorando as mais simples, mesmo que verdadeiras.
Quanto mais crescemos, mais complicamos. Será isso uma verdade?
Enfim... discussão para outro dia.

Deixo a quem ler uma pergunta: Será que existe o sempre e o nunca?

Apresentação

Não irá encontrar nada se procurar no perfil.
Tenho por características ser uma pessoa honesta, sincera, mas ainda não descobri se são qualidades ou defeitos.
Escrevo aqui como desabafo, portanto, não espero que exista algum leitor, mas de qualquer forma, se ele existir, peço que comente, toda ajuda é bem-vinda.
Como escrevi anteriormente, sou sincera, porém não se deixe entender por entre as linhas que sou uma pessoa aberta. Não a sou, por mera opção.
Pelos mesmos motivos, leitor, isto é, caso você exista, não direi meu nome, ou qualquer outra peculiaridade minha.
Apenas digo que Sol, chuva, lua e tempestade são facetas, de uma pessoa tão comum quanto aquela que está sempre ao seu lado.
Despeço-me.