sexta-feira, 17 de julho de 2009

Live free

Escolha seu Olimpo e viva nele.

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..."

Es stört mich, wenn jemand unhöflich ist.
But I'm not here to talk about that.
"Hat alles seine Zeit
Das Nahe wird weit
Das Warme wird kalt
Der Junge wird alt
Das Kalte wird warm
Der Reiche wird arm
Der Narre gescheit
Alles zu seiner Zeit".
(J. W. v. Goethe)
Faz um certo tempo que não escrevo, e não sei realmente o porquê.
Talvez seja falta de tempo, mas o que é tempo?
Sempre que penso em tempo, imagino relógios, cronogramas, linhas do tempo, me lembro da evolução do homem, e afins. Pensamentos desconexos, quem sabe?
Pelo que eu vejo, nós, humanos, medimos o tempo em horas, em minutos. E pela grandeza da nossa medida utilizada é possível perceber qual a importância que damos ao desenrolar de acontecimentos.
Não pensamos em meses ou em anos, mas em horas.
Claro que se passeamos dentro de um shopping, ou assistimos a um filme, estamos no fim de um dia durante um happy hour, é coerente medirmos o tempo em horas e minutos.
No entanto, acho, e deixo claro que esta é a minha opinião, não é certo pensarmos em horas ou minutos enquanto vivemos.
Viver deveria consumir décadas e anos.
Uma criança demora até 3 anos para aprender a falar, até 5 ou 6 para aprender a escrever e passa mais 13 anos na escola até estar de fato preparada para enfrentar a prova do vestibular, quando a faz, e se está apta a fazer uma escolha.
O fato é que vivemos a vida para amanhã, ou talvez depois de amanhã.
Quando algo é muito bem planejado, vivemos para o mês.
Estamos numa era em que as crianças são obrigadas a saber com 15 anos aquilo que adultos levaram pelo menos 20 para aprender. Lembrando que aprender não é saber.
As crianças de hoje são cobradas por desempenho, e talvez estudem mais do que deveriam.
Porque se nós vivemos para amanhã, é provável que elas vivam para hoje.
E até que ponto isto é certo?
Isto só cria jovens adultos que pensam que a vida acaba aos 30.
Cria adultos infantis e saudosistas.
A vida não é amanhã.
A vida, na verdade, não deveria levar tanto em consideração o futuro. O futuro, por definição própria, é duvidoso. Os planos que temos são apostas. Caso o futuro aconteça.
Quem disse que a vida acaba aos 25 ou até mesmo aos 100?
Ninguém... e no entanto existem os jovens adultos pensando em uma rotina maçante que durará pelo resto de sua finita eternidade.
E o que é a eternidade?
Um conceito utópico. E acho que eternidade é uma ideia desnecessária.
Se você aproveita ao máximo os recursos que tem, os amigos que fez, os filhos a quem criou, acertou, errou, aprendeu, ensinou e etc., para quê é preciso ser eterno?
E qual o motivo da preocupação com o amanhã?
Creio que seja necessário nos preocuparmos com o rumo dos infinitos agoras que existem, e não criar amanhãs improváveis de acontecer.
É mais importante amar o trabalho que se executa, a família com a qual você convive, os amigos que você criou do que reclamar que o amanhã talvez não exista, porque se você parar para pensar, na verdade, não há amanhã.